De Alto Paraíso de Goiás: Mulher com doença rara faz bazar para bancar tratamento que custa R$ 4 mil por mês
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A doença gera custo de cerca de R$ 4 mil por mês, mas ela vive de um salário mínimo, além de ajuda do pai e amigos. Neste sábado (4), ela realiza um bazar para ajudar a manter o tratamento.
O evento ocorre entre 9h e 18h na Igreja Metodista de Goiânia. Estarão à venda roupas novas e seminovas para crianças e adultos. Toda a renda arrecadada será usada para custear os medicamentos do tratamento.
Em janeiro deste ano ela teve a última crise da doença, quando perdeu totalmente a visão de um olho e precisou se adaptar a uma cadeira de rodas.
“Estive à beira da morte e voltei. Hoje comemoro mais um ano e luto por mim e pela divulgação da doença, que é pouco conhecida, de diagnóstico difícil e muito rara”, disse.
A jovem trabalhava como vendedora, em Alto Paraíso, quando começou a ter sucessivas infecções nos rins. Ela relata que passou por mais de dez médicos em Goiás e em São Paulo até conseguir o diagnóstico correto. “Primeiro pensaram que era esclerose múltipla, mas os sintomas de paralisia estavam avançando muito rápido e só depois descobriram a neuromielite”, recordou.
Há cerca de um ano ela se mudou para Goiânia para poder receber o medicamento que precisa, fazer fisioterapia e acompanhamento psicológico sem ter que fazer inúmeras viagens. O médico que a acompanha, no entanto, atende em São Paulo e, a cada três meses, ela precisa ir até lá para fazer reavaliação, exames e reajustar a dose.
Segundo Francisca, a medicação custa R$ 20 mil por aplicação, feita uma vez ao mês. No entanto, ela conseguiu uma liminar na Justiça e recebe a dose de forma gratuita. Ainda assim, os outros medicamentos diários, fisioterapia e viagens a São Paulo ela precisa custear do próprio bolso.
“Eu fui aposentada com um salário mínimo. Meu pai trabalha em uma fazenda em Alto Paraíso e me manda quase R$ 600 por mês. A minha mãe vive por minha conta. Então eu conto muito com a ajuda de amigos e familiares para conseguir manter o tratamento”, contou.
Fonte: G1