Acampamento/Pescaria marca os 32 anos do Renascença Futebol Clube, em Campos Belos

 


Por Roberto Nabofarzan, 

E lá se vão trinta e dois anos desde que nos reunimos no Colégio Estadual Professora Ricarda para oficializar o nome do time, até então chamado de “time dos veteranos” ou “Time dos velhos”.

Na realidade, a maioria dos integrantes estavam na faixa entre os vinte e cinco a trinta anos, mas já deixávamos de participar dos campeonatos regionais pelos grandes times da época, Campos Belos, Misto e Juventude. 


A regra primeira para se integrar ao time era ter trinta anos ou oitenta quilos de peso, muitos passarão com louvo no fator peso.

Eleito o primeiro presidente, João Januário de Almeida apresentou o nome Renascença, que ele trazia de um grupo que frequentou no estado da Bahia, e foi prontamente aceito pela maioria.


Mandávamos nossos jogos no antigo campo do Mixto, no Setor Buritis, hoje tomado por residências. 

Nossas famílias assistiam as partidas e depois íamos bebemorarmos as vitórias ou derrotas, afinal o importante era mesmo a resenha.

A sede própria só veio anos depois, no início nos reuníamos na porta de uma Bar na Praça da Matriz, em frente ao Hotel Boa Sorte, que era de Dona Emília e depois passou a ser administrado pelo Cardoso, sogro de Elton Modesto. 


Mais tarde abri o Bar do Betão, que passou a ser nosso ponto de encontro e, quando mudei, ficou sendo a primeira sede oficial, na Avenida Campos Belos, na casa alugada de Seo Salatiel Assunção Costa.

Acima do nosso campo ainda era tudo mato, mas um senhor que não me recordo o nome, abriu um bar na frente de sua casa, nas proximidades de onde é hoje o Fórum. 


Havia uma enorme árvore, frondosa, sombra aconchegante. Selma Victor e a mãe de meus filhos, Sueli, levaram Cynthia e Átila, nossos primogênitos, para um passeio e descobriram o local. 

Foi ali a base para todos os acampamentos/pescarias que acontecem até hoje. A elas se juntaram outras mães e filhos, não vou citar nomes para não cometer a injustiça do esquecimento de uma ou outra.

Inicialmente íamos para o Rio Bezerra, próximo da Ponte, acima do Balneário, depois para o Bezerra Ponte, entre Arraias e Monte Alegre, depois as excursões para a Praia do Dominguinhos, em Paranã, e tudo caminhou até os dias de hoje, onde o Rancho do Grito, agora de propriedade do Dr. Zito e família, se tornou, há aproximadamente uma década, o local oficial do acampamento/pescaria do Renascença Futebol Clube.

É preciso ressaltar que nos acampamentos/pescarias no Rancho do Grito, realizados entre agosto/setembro de cada ano, apenas os homens participam, até a esposa do caseiro viaja. 


Evita dissabores entre casais e permite liberdade de vocabulário, um verdadeiro clube do Bolinha.

Há muito o que narrar sobre a amizade fraterna de nosso grupo nesses trinta e dois anos, a saudade dos que voltaram para junto do pai eterno, dos que se mudaram e não mais voltaram ao nosso Campos Belos de açúcar, os que mudaram de cidade mais não abandonam o grupo, como Eugênio Feitosa e eu; de nossa independência financeira, pois nunca dependemos de dinheiro público. 

Fazíamos o Carnaval de Salão e de rua, nos oitenta, com banda famosa contratada, pagávamos e ainda sobrava dinheiro para nossas viagens e farras.

Participávamos das barraquinhas juninas, promovíamos bailes com gente famosa da época, como Sula Miranda e outros, sempre com nossos atletas e famílias atuando como porteiro, bilheteiro, garçom, leiloeiro e tudo que fosse necessário para sobrar o lucro que garantia nossas viagens, acomodações, bebidas e etc.


Há um movimento, já configurado, para o retorno de alguns veteranos companheiros para a direção de nosso clube, visando a integração entre o novo e o experiente, no intuito de tornar nosso grupo cada vez mais forte e unido.

Estou coletando dados para fazer uma biografia mais ampla possível de nossa história. 


Por enquanto, apenas um preâmbulo para ilustrar o que foi o 30° Acampamento/Pescaria do Renascença no Rancho do Grito em 2018. Uma história de amor, amizade e respeito.

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