Urgente: novo desastre ambiental despeja toneladas de agrotóxico no rio mosquito e Palmas

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Mais uma vez ocorreu uma grande tragédia ambiental, que envolve uma extensa área do sudeste do Tocantins e do nordeste de Goiás.

Um grande deslizamento de terra, numa área de proteção ambiental nas Serras Gerais, que divide a tríplice fronteira entre os estados da Bahia, Tocantins e Goiás, jogou toneladas de sedimentos e de areia misturada a defensivos agrícolas, sobre a nascente do rio Bartolomeu, no município de Lavandeira (TO).

O rio Bartolomeu, que nasce no sopé das Serra Gerais, conta com inúmeras cachoeiras ainda pouco conhecidas, também é afluente do rio Mosquito e do rio Palmas.

Como já ocorreu em outras áreas das Serras Gerais, no platô do estado da Bahia, onde se concentra grandes fazendas com plantões do agronegócio, como de milho e soja, os proprietários desmatam tudo até na beira do precipício do acidente geográfico.

Os agricultores sequer deixam qualquer tipo de vegetação apta a proteger contra as inevitáveis erosões. Simplesmente as “matas ciliares” da encosta são destruídas e dão lugar às plantações.

Para piorar, os proprietários fazem intervenções no solo, com grandes valões para desviar as águas, que caem como cachoeira no desnível da Serra.

No caso deste desastre, advindo de más práticas agrícolas e humanas, uma grande e intensa enxurrada causou um enorme desmoronamento no morro, que arrancou centenas de árvores, carregou milhares de toneladas de terra.

Já no estado do Tocantins, no sopé da elevação, que é área de proteção ambiental e local nascedouro de diversos cursos d´água, uma extensa área foi totalmente soterrada, causando um assoreamento, sem precedentes naquela região.

O assoreamento cobriu muitas nascentes do rio Bartolomeu e destruiu imensa área de vegetação.

Para piorar, todo o derrame da enxurrada trouxe toneladas de defensivos agrícolas, que contaminou as nascentes e os rios Bartolomeu, Mosquito e Palmas, afetando centenas de famílias que moram na região.

Muitas já denunciam sintomas graves de saúde, como febre, vômito, muita dor no corpo, há mais de 30 dias.

Uma moradora ribeirinha do Rio Palmas, desconfiada, colheu água e mandou para análise. O resultado saiu e com uma péssima notícia: altíssima carga de agrotóxico.

É preciso uma ação conjunta, urgente, dos órgãos estatais em defesa das pessoas, dos moradores, do meio ambiente, da fauna e flora e das nascentes.

Este caso é gravíssimo.

Requer uma ação, para ontem, do Ministério Público Federal, dos Ministérios Públicos estaduais do Tocantins, da Bahia e de Goiás; das prefeituras e Câmaras de Vereadores; das ONGs e pessoas envolvidas com a vida e com a preservação ambiental, em especial dos municípios de Lavandeira, Aurora do Tocantins, Combinado, Novo Alegre, Campos Belos e Arraias, assim como uma forte pressão da opinião pública e da imprensa.

Para o produtor Rural Rodrigues di Sousa, que tem sua propriedade próxima a nascente, os prejuízos são incalculáveis, já que não pode usufruir há três meses de sua fonte de água.

“Antes estava cristalina, hoje vermelha como sangue de boi e ainda por cima carregada de agrotóxicos”.

já o produtor Joelino Nolasco, proprietário da Cachoeira do Bartolomeu, também amarga prejuízos financeiros, já que há mais de três meses os turistas não aparecem por ter conhecimento falta de espaço de lazer e turismo, impactados com a água suja em função do desastre ambiental.

Rio Bartolomeu

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