Três réus são condenados por matar prefeito Zé da Covanca, de Monte Alegre de Goiás

Três dos quatro réus que respondem pela morte do então prefeito de Monte Alegre de Goiás José da Silva Almeida, conhecido como Zé da Covanca, foram condenados em júri popular realizado 22 anos após o crime.

O julgamento começou por volta das 9h e só foi terminar perto da meia noite. Foram mais de dez horas de sessão presidida pelo juiz Antônio Fernandes de Oliveira, no Fórum Cível de Goiânia.

O júri chegou a ser adiado duas vezes – uma em 2016 e outra em 2021.

De acordo com os registros da sessão, o quarto acusado teve Covid-19 e não pôde comparecer, por isso teve o processo desmembrado e será julgado em outro momento.

Confira as penas e por quais crimes os três réus foram condenados:

  • Luiz Carlos Medeiros – pistoleiro apontado como um dos executores: recebeu pena de 15 anos de prisão pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, além de concurso de pessoas;
  • José Roberto Macedo Pinheiro – tapeceiro apontado como ajudante na contratação e transporte dos atiradores : recebeu pena de 7 anos de prisão pelo crime de homicídio com concurso de pessoas;
  • Floriano Barbo Rodrigues Neto – policial civil apontado como responsável por emprestar carro: recebeu pena de 14 anos de prisão pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, além de concurso de pessoas.

Advogado de Floriano e Luiz Carlos, Ronaldo David Guimarães informou que deve recorrer da decisão.

Família vai recorrer

A família de Zé da Convanca e a promotoria não ficaram satisfeitos e vão recorrer. Acharam as penas brandas demais.

“Tiraram todas as qualificadoras e sabemos que no final, aqueles que não tem antecedentes criminais, acabam cumprindo apenas 1/3 da pena, o que é um absurdo.

Mataram um pai de família que deixou esposa e seis filhos, um homem político no ato do seu cargo eletivo, em uma espera por justiça de mais de 22 anos para uma sentença dessa. Estamos indignados”, disse um dos filhos.

Os réus não estão presos e podem recorrer da sentença em liberdade.

A acusação também disse que vai recorrer da decisão junto ao Tribunal de Justiça do Estado de Goiás.

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