Os sintomas mais relatados pelos infectados pela variante Delta. 5 segundos é suficiente para contrair

Os casos da variante Delta do coronavírus na cidade do Rio de Janeiro já chegam a 23. A cepa, identificada pela primeira vez na Índia, é muito mais transmissível que qualquer outra versão do coronavírus já descoberta e provoca sintomas diferenciados. A Secretaria municipal de Saúde do Rio detalhou ao jornal O GLOBO os sintomas mais relatados por quem foi diagnosticado com a variante.

A maioria dos infectados apresentou síndrome gripal, que inclui um conjunto de sintomas parecidos com os da gripe, como tosse, febre e dor de garganta, além de dor na cabeça, nos músculos ou nas articulações.

Esses sintomas se diferem em parte da chamada “síndrome respiratória aguda grave”, que engloba, além dos sintomas de síndrome gripal, também falta de ar, desconforto respiratório e saturação de oxigênio menor que 95%.

Dos 23 diagnosticados com a cepa Delta no Rio, apenas uma pessoa precisou de internação por síndrome respiratória aguda grave, mas já teve alta.

A Secretaria municipal de Saúde lembra que os cuidados com a variante Delta são os mesmos. É preciso manter o distanciamento social, usar máscaras e higienizar as mãos com álcool 70 ou, quando possível, água e sabão.

Variante mais transmissível

Um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) em conjunto com o Imperial College, do Reino Unido, sugeriu que a variante Delta do coronavírus é a mais contagiosa entre as que já foram sequenciadas.

Sua transmissibilidade chega a ser 97% maior do que a versão original do vírus descoberto em 2019 na China.

Outro estudo, feito na Austrália, demonstrou que um contato próximo de apenas cinco a dez segundos com alguém contaminado pela variante Delta do coronavírus já é suficiente para contrair a cepa.

Tudo indica que um contato próximo de apenas cinco a dez segundos com alguém contaminado pela variante Delta do coronavírus seja suficiente para contrair a cepa.

Esse é um alerta feito pela diretora Geral de Saúde de Queensland, na Austrália, Jeannette Young.

A suspeita surgiu após um caso em New South Wales, perto de Sidney, em que duas pessoas se cruzaram em um shopping.

Elas ficaram próximas por apenas cinco a dez segundos, sem se tocar fisicamente. Ambas estavam sem máscara e não tinham se vacinado contra a covid-19 ainda.

De acordo com Jeannette Young, a evidência mostra mudanças no modo de transmissão do coronavírus. “No início da pandemia, 15 minutos de contato próximo era o número a considerar.

Agora, parece que cinco a 10 segundos são preocupantes. O risco está muito mais elevado do que há um ano”, disse.

A evidência de que a transmissão ocorra em tão curto tempo pode ser uma característica da variante Delta que  explicaria por que ela está se espalhando com tanto sucesso.

Descoberta pela primeira vez na Índia, essa variante é tida como a mais transmissível de todas. Os cientistas estimam que ela seja 60% mais contagiosa do que a variante que surgiu na Inglaterra, por exemplo.

Com informações do Catraca Livre

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