Ministro Alexandre de Moraes manda soltar Leandro Fox

Leandro Fox, integrante da nova geração de políticos da região e ex-candidato em Campos Belos, é cliente do escritório do ex-senador Demóstenes Torres

A região Nordeste de Goiás viveu, nas últimas eleições, uma grande renovação. Jovens se elegeram prefeitos nas principais cidades, Campos Belos, Posse e Alto Paraíso.

Entre os que se revelaram nas redes sociais e tentaram o Executivo estava Leandro Muniz Ribeiro, conhecido como Leandro Fox.

Militante da direita, Fox acabou preso, em 18 de abril, pelos atos de 8 de janeiro em Brasília, quando foram depredadas as sedes dos três poderes.

A Procuradoria-Geral da República foi contra o pedido de prisão feito pela Polícia Federal e acatado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

No último fim de semana, o ministro Alexandre de Moraes mandou libertá-lo.

Moraes escreveu na decisão que não havia motivo para mantê-lo em prisão preventiva, aquela que não tem prazo para acabar, pois além de ser encarcerado Leandro Fox teve a casa submetida a busca e apreensão de modo “eficiente”, além de quebrar os sigilos bancário e telefônico.

Apesar da liberdade, o jovem líder conservador será submetido a sete medidas, inclusive o uso de tornozeleira eletrônica.

Seu defensor é o ex-senador Demóstenes Torres, agora advogado cujos escritórios têm criminalistas como Caio Alcântara, Thiago Costa e Jéssica Barbosa, em Goiânia, além de Thiago Agelune e Ronald Bicca, em Brasília.

Mais de 200 dias presos

O político ficou mais de 200 dias presos, acusado de participar dos atos golpistas. Ele foi candidato a prefeito de Campos Belos, em Goiás, onde trabalhava como assessor do ex-deputado estadual Paulo Trabalho (PL). Também foi candidato a deputado estadual, quando conseguiu um expressivo número de votos na comunidade.

Leandro foi preso pela Polícia Federal (PF) em uma das fases da Operação Lesa Pátria, ocorrida no dia 18 de abril.

O assessor, graduado em publicidade, foi preso na 10ª etapa da investigação, que buscou identificar todos os envolvidos nos atos golpistas na Praça dos Três Poderes.

Durante essa fase, foram cumpridos16 mandados de prisão preventiva e 22 mandados de busca e apreensão. Ao todo, 13 investigados foram capturados, dentre eles Leandro Fox.

Entre os presos estavam: o tenente-coronel da reserva da Aeronáutica Euro Brasílico Vieira Magalhães; a professora Claudebir Beatriz da Silva Campos, suplente do PL na Assembleia Legislativa do Pará; e o empresário Leandro Muniz Ribeiro, que se candidatou a uma vaga na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) pelo Democracia Cristã nas eleições de 2018.

Os investigados respondem pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime e destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

Com texto do Jornal Opção