Lixo infectante vira dor de cabeça para moradores de Cavalcante (GO)

A cidade de Cavalcante (GO), no nordeste do estado, na região da Chapada dos Veadeiros, a cada dia se firma mais como uma das cidades turísticas do estado, sendo um destino principalmente para quem busca contato com a natureza e com a ecologia do cerrado.

No entanto, parece que a prefeitura local não contribui muito para a imagem e o conceito que a cidade tenta estabelecer no mercado e no coração dos amantes do turismo ecológico.

Diversos moradores procuraram o blog para denunciar o descaso da prefeitura com a gestão do lixo hospitalar, especialmente o infectante.

Um vídeo feito por integrantes da comunidade mostra um amontoado de lixo infectante dentro das dependências do hospital, próximo às garagens e ambulâncias.

Pela quantidade depositada, infere-se que o local se tornou um depósito de lixo infectante, sem qualquer preocupação por parte dos gestores.

Antes de publicar esta matéria, o blog procurou o prefeito Vilmar Kalunga para explicar os motivos do acúmulo incorreto do lixo infectante no espaço aberto e sem qualquer proteção.

Ao prefeito, foi perguntado se as imagens procedem e, se sim, se alguma iniciativa foi tomada para a sua remoção.

Também foi questionado sobre o destino dado pela prefeitura ao lixo infectante e se há procedimento de incineração. Até a edição deste texto, o prefeito ainda não havia respondido às perguntas.

O que deve ser feito com lixo infectante?

Segundo a Anvisa, resíduos biológicos infectantes são fontes de contaminação capazes de causar doenças e comprometer o meio ambiente e a saúde pública.

Portanto, são necessários procedimentos especiais para o seu tratamento e eliminação, geralmente produzidos por hospitais, laboratórios e outros estabelecimentos de serviços de saúde.

O gerenciamento dos resíduos biológicos requer um conjunto de procedimentos que devem ser cuidadosamente planejados e implementados para prevenir a propagação de doenças, minimizar os impactos ambientais e permanecer em conformidade com os regulamentos e as leis aplicáveis.

É obrigatória a separação, além de submetê-los à inativação microbiana pela própria unidade geradora.

Todos os resíduos infecciosos devem ser coletados em sacos autoclaváveis. A autoclavagem é um tratamento térmico amplamente utilizado no ambiente hospitalar, que consiste em manter o material contaminado a uma temperatura elevada, através do contato com vapor de água, durante um período suficiente para destruir todos os agentes patogênicos.

Após este processo, o saco com os produtos deve ser colocado em sacos de lixo especiais para lixo infectante. Após o tratamento, os resíduos devem ser acondicionados em sacos brancos, contendo o símbolo universal de risco biológico, de tamanho compatível com a quantidade.

É proibido esvaziar ou reaproveitar os sacos, que devem ser substituídos quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou, pelo menos, uma vez a cada 24 horas. A deposição em aterro pode ser realizada somente depois de cumpridas estas etapas.