Floriano Ferreira: uma triste e precoce partida

Nesta semana a comunidade de Pouso Alto, distrito de Campos Belos (GO), nordeste do estado, ao sopé da Serra Geral, na divisa com a Bahia, perdeu um de seus grandes e sonhadores filhos: Floriano Ferreira, de apenas 36 anos de idade.

Jovem pai de três filhos e demasiadamente trabalhador. Floriano, muito querido na região, perdeu a vida num descuido bobo, na terça-feira (21).

Levou uma fatal descarga elétrica ao tentar consertar uma bomba d´água do campo de futebol Society que ele tinha montando na comunidade.

Rapaz extremamente dedicado ao trabalho, após terminar o ensino médio em Campos Belos, a vida o levou às grandes plantações de soja e milho do Oeste da Bahia, onde foi operadora de máquinas pesadas do agronegócio, por vários anos.

Ao voltar seus ideais para a comunidade onde nasceu, investiu em casas de show, organização de eventos esportivos e, com todas as dificuldades logísticas, montava eventos de rodeios em Pouso Alto.

Com a chegada a pandemia da Covid-19, teve que se reinventar e partiu seus negócios para a criação de gado, mais um desafio para continuar a ter sua renda do dia a dia e poder sustentar sua família, seu esteio de vida.

Muito politizado, era uma referência na comunidade, para qual lutava todos os dias atrás de melhorias e progressos.

Homem extremamente educado, trabalhador, carismático e visionário, deixou um legado que marcará para sempre sua comunidade Natal.

Ao partir, deixa a mãe, Dona Eracildes, de 73 anos, seus cinco irmãos, dos quais era o caçula; a mulher Divanete Cardoso e os três tesouros de sua vida, o pequeno Artur, de 2 anos, Davi Luca de 6 anos e Thayssa Fernanda, uma adolescentes de 13 anos.

Sua repentina partida deixou um enorme vazio. Sua sobrinha, Letícia Cristina, escreveu:

“Meu coração está destruído meu tio, é impossível acreditar que vc se foi, eu entro em desespero a todo momento só em imaginar que não mais verei o seu sorriso, a sua alegria de viver, as suas brincadeiras, que chegarei aí e não terá mais a sua presença.

Não irei mais ver vc abrindo a porta de casa, abrir a geladeira e reclamar que só tinha água, não vou mais acordar às 6:30h com vc ligando seu ônibus, não verei mais sua moto parada na frente de casa, vou olhar e não vou mais ver vc vindo em direção de casa, com a camisa no ombro, arrastando a sandália no chão e sentar na calçada pedindo um copo de água e das tantas vezes que vc chegou arrancando sorrisos de nós.

As tardes ensolaradas que passávamos sentados conversando, e nos dias de chuvas onde vc estava contando suas histórias e sorrindo. Sempre tão presente na nossa família, sempre tão atencioso e sempre cuidou de todos nós, e agora quem irá cuidar da nossa família Floriano, como iremos seguir sem você, vc era a alegria da nossa família.
Como é difícil Floriano, como está doendo, vc está fazendo tanta falta.

Se eu soubesse que o dia mais feliz da minha vida fosse o último dia que iria te ver com vida, eu teria aproveitado cada segundo, vc me disse” você vai embora Letícia, mas vc volta logo!” E eu voltei Floriano, voltei pra me despedir de vc sem vida, cheguei aí e só encontrei tristeza e dor.

Obrigada meu tio por esses 36 anos vividos conosco, eu te amarei para sempre e vc viverá pra sempre na minha memória”.

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