Dia do Orientador Educacional: profissionais ressaltam o papel do trabalho desenvolvido nas escolas

Estar atendo a cada detalhe da rotina escolar, ter as palavras certas para transmitir segurança e direcionar um olhar de compreensão para os estudantes, estes sãos alguns dos atributos dos orientadores educacionais.

Neste domingo, dia 4, celebra-se o Dia do Orientador Educacional, a data lembra esse profissional responsável para auxiliar os alunos no processo de aprendizagem e que também promove a interação entre a escola e as famílias.

Iracy Oliveira Coelho, que trabalha no Colégio Estadual Vereador Pedro Xavier Teixeira, em Nova Rosalândia, é uma dessas pessoas, que visita as famílias, aprendeu a desenvolver um diálogo com os alunos e busca compreender a dimensão social e econômica dos estudantes que atende.

E foi na época da pandemia, que a Iracy viveu os momentos de mais intensidade, visitou famílias nas zonas urbana e rural, para mostrar a importância dos estudos para o desenvolvimento da comunidade.

“Um dos momentos de mais emoção em nossa vida é quando visitamos uma família, na qual há alunos que estão se afastando da escola, e por meio da busca ativa e do diálogo, eles voltam para a escola”, frisou.

Iracy nasceu em Goiás, disse que ama o que faz, e um dos desafios é administrar as próprias emoções.

“Na orientação educacional o nosso emocional varia muito, porque são muitas histórias. E foi durante a pandemia, que o nosso trabalho teve um significado especial, conhecemos mais a realidade dos alunos, o trajeto do transporte escolar, as condições de moradias. E nesse caminhar encontramos lares desprovidos de materiais básicos, como mesa, cadeiras, situações que nos levam a refletir sobre a realidade humana e sobre a sociedade atual”, ressaltou.

E nesse percorrer as diversas realidades dos estudantes, Iracy encontrou casos de famílias que desmotivavam os estudos dos filhos. E saber lidar com esses desafios traz novas experiências para a vida do orientador.

“Sou apaixonada pela educação e estou nesta área desde o final de 2019, envolvida na proposta pedagógica, mediando e construindo novos sentidos, visto que todo orientador é um educador e colabora com o desenvolvimento intelectual dos estudantes”, comentou Iracy.

João da Silva Pinto é orientador educacional na Escola Estadual Frederico José Pedreira Neto, em Palmas, também ama o que faz.  Ele é um pedagogo, com especialização em orientação educacional e uma das pessoas que luta pela valorização da profissão.

E dentre as várias histórias, uma marcou muito a vida de João.

“Tivemos o caso de um aluno que era indisciplinado, só vivia na orientação educacional, eu dava vários conselhos, mas parecia que nada adiantava e ele terminou sendo reprovado e abandonou a escola. Passados alguns anos, o encontrei cursando a Educação de Jovens e Adultos (EJA) e me contou que tinha se arrependido do tempo perdido e de dos conselhos que não dera atenção.

O aluno estava mudado, era elogiado pelos professores e terminou sendo um dos melhores da sala. Esse exemplo é motivo de grande satisfação para a nossa vida”, explicou.

Nairzete Beltrão de Oliveira Alves, trabalha no Colégio Estadual Professora Joana Batista Cordeiro, em Arraias e é outra servidora que se realizou exercendo a função de orientadora educacional.

Ela nasceu em Campos Belos, Goiás, e cedo descobriu a vocação para ensinar e por isso optou para cursar Pedagogia na Universidade Estadual de Goiás (UEG).

E durante os anos, Nairzete foi se aperfeiçoando, graduou-se em psicopedagogia, em orientação educacional e atualmente está concluindo o curso de pós-graduação em neuropsicopedagogia em educação especial e inclusiva.

“Trabalhar com pessoas, principalmente com jovens e adolescentes necessita de carinho, empatia e muito amor e, em se tratando da orientação educacional mais ainda.

Nós temos realizado um trabalho de busca ativa, de acolhida aos alunos e estamos investindo no projeto de vida e no protagonismo, o que tem trazido bons resultados. Faço o meu trabalho com afinco, pois os resultados dele me recompensam”, afirmou Nairzete.

Maria de Fátima Francisca Tebas nasceu em Arraias, e trabalha como orientadora educacional na Diretoria Regional de Educação de Arraias, fazendo a interlocução com os profissionais que atuam em 17 escolas.

Ela trabalha na educação há 31 anos, tem orgulho da história que construiu no percurso da vida, foi a primeira pessoa da família a concluir o curso técnico em Magistério e a ser aprovada num concurso público, visando uma ascensão social.

Maria de Fátima exerceu várias funções na educação, foi professora, coordenadora, vice-diretora, secretária, inspetora e sempre em busca de formação cursou Pedagogia na Unitins de Arraias. E inspirada por uma colega da orientação educacional decidiu fazer especialização na área, pela Universidade Salgado de Oliveira.

“Atuei em diversas funções na escola, mas me identifiquei mais sendo orientadora educacional, me apaixonei por essa área. Esta função me emociona quando um aluno em situação de vulnerabilidade social e evasão escolar retorna à escola”, contou Maria de Fátima.

Na Secretaria Estadual da Educação tem o setor Unidade Técnica Executiva em Orientação Educacional, que acompanha o trabalho realizado pelos cerca de 460 profissionais que atuam na rede estadual, nas escolas ou nas 13 Diretorias Regionais de Educação.

O Dia do Orientador Educacional tem o objetivo de homenagear esse profissional que acompanha o processo de aprendizagem dos estudantes.

Com texto e fonte Portal Fatos e Notícias

Deixe um comentário