Depoimento de Luiz Ricardo Miranda à CPI mostra a importância do servidor de carreira e com estabilidade

Se o servidor público concursado do Ministério da Saúde Luiz Ricardo Miranda não fosse de carreira, teria a coragem de dar aquele depoimento, histórico, aos senadores da CPI da Covid-19?

Claro que não.

Se não fosse concursado, na próxima segunda-feira (28), estaria no olho da rua, escorraçado como criminoso.

Luiz Ricardo Miranda, na verdade, é uma espécie de herói nacional, que não hesitou em barrar, corajosamente, uma fraude de prejuízo bilionário aos cofres públicos.

O contrato da Covaxin previa a compra de 3 milhões de doses por cerca de R$ 1,6 bilhão de reais, contados aí o frete, o seguro e a grossa propina.

Segundo especialistas do setor, esse valor daria para comprar mais de 30 milhões da vacina da Oxford AstraZeneca, notadamente o imunizante mais barato.

O servidor concursado não é vassalo de qualquer agente político, não tem compromisso pessoal com quem quer que seja.

Seu compromisso unicamente é com a coisa pública, com o serviço público e limitado apenas pelos princípios da Administração Pública, previstos no artigo 37 da Constituição Federal, da impessoalidade, da legalidade, da moralidade, eficiência e da publicidade, este último intimamente ligado a nós jornalistas.

Parabéns, Luiz Ricardo Miranda. Você bem representa a imensa maioria do servidores públicos de nosso país.

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