Denúncia de moradores: Fazendeira destrói mil hectares de cerrado em área quilombola

Habitantes do território quilombola Kalunga e guias turísticos da Chapada dos Veadeiros, em Goiás, denunciaram o desmatamento de mais de mil hectares de cerrado, na cidade de Cavalcante, nordeste do estado.  


As regiões devastadas estão não só no território Kalunga, como também em uma parte da Área de Proteção Ambiental (APA) de Pouso Alto.

Moradora da comunidade, Dalila contou que eles descobriram o que estava ocorrendo no último domingo (31/05), “infelizmente, em estágio muito avançado”. 

“Tirei as fotos e como tenho consciência que era em um lugar errado, levei até o presidente da Associação Quilombo Kalunga (AQK), Vilmar Costa”, afirmou ela.

O guia turístico Douglas Oliveira alertou para o fato de o desmatamento estar ocorrendo na região do Rio da Prata, o que expõe não só a vegetação como inclusive as nascentes ao risco.


Com o movimento de denúncias em redes sociais, a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) de Goiás deflagrou, nesta quinta-feira (04/06), uma operação para conter o desmatamento.

Segundo a pasta, as denúncias foram recebidas na terça-feira (02/06) e confirmadas por imagens de satélite em duas fazendas da região — as fazendas Pequi e Lagoa. 

“A princípio, já foi verificada destruição de vegetação em cerca de mil hectares, metade deles recentes, ocorrida no mês de maio”, informaram.

Para desmatar na região, é preciso haver autorização da própria comunidade, o que não ocorreu. 


A Semad confirmou que elas também não têm licença para a exploração, que precisaria de um Estudo de Impacto Ambiental e de um Relatório de Impacto Ambiental.

Com informações do Metrópoles

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