Crianças de Monte Alegre (GO) estão sem ir à escola por falta de transporte

Dezenas de crianças do município de Monte Alegre de Goiás, nordeste do estado, estão sem poder ir à escola por falta de transporte público obrigatório.

Há estudantes que estão há três meses ociosos em casa, sem aulas, e isolados do mundo.

Uma das mamães procurou o Blog na semana passada, preocupadíssima com a situação e com muita razão.

Ela mora na zona rural e suas duas filhas estão matriculadas no Distrito da Prata. Mas nenhuma delas foi às aulas em 2022.

Uma tristeza.

Ambas as crianças estão em casa, tristes e reclamando da falta de frequência à escola e pela falta de aprendizado.

“É meu futuro passando, mamãe”, teria reclamado uma das filhas.

Hoje (15) outra leitora nos procurou para dizer que sua filha de 12 anos há três meses também está fora da escola.

A família mora em Alvorada do Caxingo e estuda na Escola Dona Joaquina Pinheiro, na zona urbana do município.

A mãe conta que o ônibus escolar frequenta a região da fazenda, mas não atravessa o rio para pegar a criança em virtude de uma ponte que está caindo aos pedaços.

“O motorista não tem coragem de passar com medo de o veículo cair da ponte com as demais crianças”.

A ponte fica no Rio Sucuri e está intransitável.

O Blog procurou o prefeito Filipe Campos, de Monte Alegre. Ele disse que pegou a frota do município totalmente sucateada, com os ônibus escolares no bagaço.

Ainda de acordo com o prefeito, foi feita uma licitação para contratar empresas para fazer o transporte das crianças, mas o certame fracassou porque não teve pessoas interessadas. Agora, está se fazendo outra licitação.

Algo precisa ser feito

Todos sabemos das dificuldades dos municípios brasileiros e dos óbices. Mas o prefeito Filipe Campos precisa encontrar uma solução para essas crianças de Monte Alegre, que estão fora da escola esperando a boa vontade dos órgãos da prefeitura e dos servidores.

Isso é grave e inadimssível.

Pontes caídas impedindo a passagem escolar é o cúmulo do absurdo.

Resolver esse problema tem que ser a prioridade absoluta da prefeitura.

Pior é ver que os vereadores do municípios e até os cidadãos em passividade, observando o estrago ocorrer, sem mover uma palha.

Há que se fazer um levantamento e um mapa das crianças fora da escola por falta de transporte, desenhar uma linha de ação, uma estratégia, e fazer um mutirão para resolver os problemas.

Crianças e escolas são prioridades. Estamos falando de futuro, de conhecimento, de negação ou oportunidade de vida.

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