“Como não ser um babaca”

Guia construído e produzido pelo Sindilegis, em parceria com o Instituto AzMina, foi lançado para erradicar a “babaquice” masculina nos ambientes profissionais e pessoais

“Elas são fáceis porque são pobres”.

“Tá de TPM?”

“Ela é mais macho do que muito homem”.

“Deve ter dado para alguém”.

Qual mulher nunca ouviu frase semelhante a essas?

Uma simples pesquisada no Google já basta para encontrar centenas de casos de violências contra mulheres e o machismo estrutural enraizado na sociedade que perdura há séculos.

Um dos exemplos mais recentes é o caso do deputado estadual Arthur do Val (Podemos-SP), que, em uma viagem à Ucrânia, enviou áudios a um grupo de amigos onde profere declarações absurdas sobre as ucranianas as quais encontrou, classificando-as como “fáceis” e que sua “carta do Instagram, cheia de inscritos, funciona demais” lá.

Esse tipo de comportamento, porém, não é exclusivo desse deputado.

É alimentado no dia a dia nos mais diversos espaços: no ambiente de trabalho, na roda do bar do happy hour, no grupo de WhatsApp de futebol do namorado, no jantar de família com pessoas inconvenientes.

E foi para educar os homens que cometem (ainda!) essas atrocidades que o Sindilegis se uniu ao Instituto AzMina para lançar um guia prático para aqueles que cansaram de ser machistas na vida.

Chamado “Como não ser um babaca”, o manual visa conscientizar homens de todas as idades e classes sociais sobre a reprodução de atitudes machistas, seja no ambiente profissional, seja em casa ou em qualquer outro espaço.

Para facilitar, foi criado um dispositivo do Sindlegis permite que você mande o manual, via e-mail, para qualquer pessoal, tendo como remetente o próprio sindicato.

Por meio da plataforma www.naosejaumbabaca.com.br, é possível indicar e compartilhar o livro de forma anônima, seja para colegas de trabalho, parentes ou conhecidos.

O indicado receberá por e-mail o seguinte recado:

“Oi, tem alguém querendo te dar um toque. Talvez você nem se dê conta, mas tem gente que não está curtindo algumas coisas que você fala e quer te ajudar.”

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