Seu dinheiro e da Saneago em malas de dinheiro: José Eliton está em Posse/GO e foi alvo de pedido de prisão, negada pelo juiz
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O ex-governador José Eliton (PSDB) foi alvo de pedido de prisão (preventiva ou temporária) por parte da Polícia Federal, mas o juiz federal Rafael Ângelo Slomp indeferiu na decisão da Operação Decantação 2, deflagrada nesta quinta-feira (28).
A manifestação do Ministério Público Federal, do procurador Helio Telho, foi contrária à prisão, alegando falta de atualidade nos fatos imputados a ele.
“A medida não se mostra adequada, embora haja fundadas suspeitas de que integre a organização criminosa e tenha efetivamente agido para beneficiar a empresa Sanefer possivelmente em troca de propina”, diz.
Em nota, a assessoria de José Eliton informou que ele está em Posse, no nordeste goiano, numa audiência como advogado, mas retorna nesta tarde para Goiânia.
Foram presos durante a operação:
Luiz Alberto de Oliveira – chefe de Gabinete de Gestão da Governadoria até meados de 2017;
Gisella Silva de Oliveira Albuquerque – filha de Luiz Alberto;
Carlos Eduardo Pereira da Costa – sócio da Sanefer Construções e Empreendimentos;
Nilvane Tomás de Sousa Costa – sócio da Sanefer Construções e Empreendimentos;
Robson Borges Salazar – ex-diretor de gestão corporativa da Saneago.
Malas de Dinheiro da Saneago
De acordo com a Polícia Federal, empresários, dirigentes da empresa e agentes públicos são investigados pelos desvios, cometidos entre os anos de 2012 e 2016.
Ao todo, a operação cumpre cinco mandados de prisão temporária e oito de busca em endereços de investigados e pessoas ligadas ao ex-governador, em Goiânia e Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital.
Durante as buscas, os policiais acharam uma mala de dinheiro na casa de uma das mulheres detidas. Segundo a PF, há R$ 800 mil.
A polícia informou que os desvios investigados na operação realizada nesta manhã ocorreram na gestão de José Eliton, que ficou no lugar de Marconi Perillo (PSDB) quando ele renunciou para concorrer à eleição de 2017.
Os mandados judiciais também envolvem sequestro de 65 imóveis, avaliados em R$ 35 milhões.
De acordo com a PF, foi constatado que três empresas, de um único dono, foram beneficiadas em contratos com a Saneago, mesmo com impedimentos fiscais e não sendo especialistas na prestação dos serviços demandados, o que indica direcionamento de licitação.
Fonte: O Popular e G1