Em Alto Paraíso (GO), aeronave do SAMU socorre paciente em estado crítico


Paciente deu entrada no hospital municipal Gumercindo Barbosa com quadro cardíaco agravado; eficiência e dedicação de médicos e funcionários da unidade possibilitaram sua transferência via transporte aéreo de urgência e emergência do SAMU.

Não são poucas as dificuldades enfrentadas pelos profissionais da área da saúde pública no interior de Goiás. Os entraves vão desde a falta de pessoal até a falta de equipamentos para exames, dos básicos aos mais complexos.

Os prefeitos tentam dar assistência médica de boa qualidade aos seus munícipes, mas os recursos oriundos de repasses são poucos para as grandes demandas, o que os obrigam a investir na chamada “ambulâncioterapia”, que é o transporte de pacientes em ambulâncias para tratamentos nos grandes centros, como Brasília e Goiânia.

Em Alto Paraíso de Goiás, no nordeste goiano, a prefeitura tem buscado dar uma nova dinâmica no atendimento médico hospitalar. Reabriu o hospital Gumercindo Barbosa, contratou equipe médica para atendimento vinte e quatro horas e tem adquirido equipamentos importantes para a realização de exames na própria unidade.

Há casos, no entanto, que a unidade do município não tem como realizar os procedimentos necessários, devido a complexidade dos mesmos. A solução é realizar a regulação para a abertura de vagas em hospitais melhores equipados.

Na segunda-feira, 6, um paciente do sexo masculino, 40 anos de idade, deu entrada na unidade com dores no peito e, mesmo com o rápido atendimento médico dado pela equipe da unidade, o quadro cardíaco do paciente foi se agravando, não restando outra alternativa que não fosse a remoção urgente do paciente para um hospital de referência.

O consenso da equipe médica foi de que o paciente não resistiria a um transporte por via terrestre (ambulância) pela urgência na resposta ao tratamento. O setor administrativo do hospital buscou de todas as formas, através da regulação regional, vaga e transporte aéreo para o paciente. 


A liberação do avião do SAMU, que deveria ser uma constante para municípios distantes da capital, como é o caso de Alto Paraíso de Goiás (440 km), infelizmente é burocrática e travada na regulação regional, nesse caso, o serviço de regulação de Formosa. 

Vários secretários de saúde da região nordeste de Goiás já reclamaram da falta de sensibilidade dos médicos reguladores em Formosa. “Por estarem um uma cidade grande, eles não compreendem as dificuldades que nós enfrentamos aqui nos pequenos municípios” disse um secretário de saúde de um pequeno município da região da BR – 020.

Por estar em uma cidade turística, o hospital municipal Gumercindo Barbosa não se limita a atender apenas a comunidade local, visto que turistas adoecem ou sofrem acidentes durante sua estadia na região e também são atendidos na unidade hospital da cidade. 


O número de visitantes chega a superar, durante feriados e fins de semanas prolongados, em até três vezes o numero de habitantes, que é de sete mil pessoas, segundo o IBGE.

No caso do paciente de Alto Paraíso de Goiás, a equipe do hospital, tanto da parte médica, quanto da parte administrativa, se movimentou e conseguiu que o serviço aéreo do SAMU realizasse o transporte do paciente, que corria grande risco de morte, para o Hospital de Urgências Goiânia Leste (HUGOL) na capital do estado.

Entre a autorização, a busca do paciente e sua entrada no hospital de referência se passaram aproximadamente duas horas, se o transporte fosse de ambulância, seriam cinco horas só de estrada.“Mesmo com todas as limitações financeiras que nosso município enfrenta, a equipe de trabalhadores na área da saúde em Alto Paraíso de Goiás se dedica para dar o melhor atendimento a quem precisa, independente de quem seja. 


No caso desse paciente em estado grave, a união de todos os funcionários do hospital Gumercindo Barbosa foi fundamental para que ele fosse encaminhado para o HUGOL. 

Foi dado todo o atendimento possível na unidade e o levamos para o aeroporto em unidade do SAMU com acompanhamento de um médico e de uma enfermeira padrão. Parabenizo o trabalho e me orgulho de fazer parte dessa equipe.” frisou Clayton Adriano de Souza Taveira, assessor de regulação para viagens do hospital Gumercindo Barbosa.

Transporte aéreo de urgência e emergência do SAMU

Os goianos passaram a contar com transporte aéreo de urgência e emergência de longa distância desde o dia 12 de abril deste ano, o governador Ronaldo Caiado lançou o serviço de transporte aeromédico de asa fixa do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás, formalizando parceria dos bombeiros com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis. 


Na solenidade, Caiado entregou um avião, modelo Sêneca 3, que para reforçar o serviço.

O Sêneca 3 é utilizado como Unidade de Terapia Intensiva Aérea (UTI Aérea) nos transportes de vítimas em estado grave. 


A rapidez no transporte desse tipo de paciente é essencial para salvar vidas, possibilitando transportar pacientes graves com maior agilidade e impactar, de forma positiva, no prognóstico dos mesmos para salvar um maior número de vidas.

Fonte: O Vetor 

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