Detetive particular é preso suspeito de matar fazendeiro em Formosa (GO)
Jorge Luis Pereira Silva, que estava foragido por envolvimento na morte do fazendeiro Luiz Carlos de Lima, em Formosa, no Entorno do Distrito Federal, foi preso, segundo o delegado Danilo Meneses.
O fazendeiro foi assassinado em uma ação onde suspeitos se passaram por policiais, invadiram a fazenda da vítima e fizeram 10 pessoas reféns até a chegada dela no local.
“Aquela imagem é dele chegando logo após o crime para guardar os coletes, as armas. Foi uma imagem do dia do crime”, explicou o delegado Danilo Fabiano.
Um vídeo divulgado pela Polícia Civil mostra quando Jorge Luis Pereira Silva chegou em um local para guardar armas após o crime (assista acima). A prisão do foragido aconteceu na quarta-feira (29), em Planaltina, no Distrito Federal.
A defesa de Jorge Luis Pereira Silva disse que ele já estava se preparando para se apresentar espontaneamente à Justiça.
Disse ainda que a decretação de prisão temporária foi irrazoável, na medida que o investigado sempre morou no mesmo endereço, podendo ser encontrado facilmente pela Justiça e nunca foi intimado para prestar esclarecimentos à Polícia Civil. Agora, guarda-se a conclusão das investigações para tomar as medidas pertinentes ao caso.
Além de Jorge, outras três pessoas foram presas. Os demais presos não tiveram a identidade divulgada. Por isso, a reportagem não conseguiu localizar a defesa deles para um posicionamento até a última atualização desta reportagem.
Jorge teve a imagem divulgada pela Polícia Civil enquanto estava foragido, tendo em vista a necessidade de cumprir o mandado de prisão que estava em aberto.
Assassinato de fazendeiro
O crime aconteceu em agosto de 2024. Segundo a polícia, os suspeitos renderam 10 pessoas na fazenda da vítima, que também é conhecida como “Peixe”, mantendo-as em cárcere privado. Conforme a PC, eles simularam ser policias ao usar trajes operacionais e várias armas de fogo.
Os suspeitos agiram em ação típica de grupo paramilitar, mantendo as pessoas reféns até a chegada da vítima na fazenda. A ação do grupo criminoso durou cerca de seis horas.
Segundo a polícia, a vítima chegou à fazenda, foi agredida e depois morta. Após o crime, os suspeitos fugiram do local em um carro Volkswagen Gol de cor branca. Durante a operação foram apreendidas munições calibre .380, além de uma arma de fogo tipo rifle calibre .22LR. O carro também foi apreendido.
Conforme a polícia, as investigações continuam para identificar outros participantes do crime e também para buscar esclarecimentos quanto a existência ou não de mandantes. A Polícia Civil explicou que o nome da operação, Isca, se deu porque os suspeitos obrigaram um funcionário da vítima a cortar a correia de uma caminhonete e comunicá-la para que ela trouxesse outra correia nova. A ação foi uma forma de atrair Luiz Carlos, o Peixe, para a fazenda.
Nota da defesa de Jorge Luis na íntegra:
“O investigado Sr. Jorge Luis Pereira Silva, por seu advogado, vem a público prestar esclarecimento em relação aos fatos veiculados por diversos meio comunicação pela imprensa de Formosa e região publicada em 27 e 28 de janeiro de 2025 referente a morte do fazendeiro Luiz Carlos de Lima. Pontua-se que os fatos alegados serão oportunamente esclarecidos no bojo do processo judicial. E, no decorrer da demanda judicial o investigado comprovará não ter matado Luiz Carlos de Lima. Assim, é importante frisar que qualquer conclusão nesse momento será meramente especulativa e temerária, na medida que as investigações ainda não foram concluídas.”
Com texto do G1