Reação: Duas maiores facções criminosas do país se unem contra iniciativa de Sérgio Moro, diz O Globo


Rompidas desde 2016, as duas maiores facções criminosas do Brasil, PCC (Primeiro Comando da Capital) e CV (Comando Vermelho), juntam esforços para tentar derrubar uma portaria do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, que trata do sistema penitenciário federal.

Integrantes das organizações concordaram em ir à Justiça contra a portaria 157, assinada por Moro em fevereiro deste ano, que proíbe o contato físico entre presos e seus familiares, além de reforçar o veto à visita íntima.

A medida do ministro visa dificultar a comunicação de chefes de organizações criminosas com o mundo externo. Sabe-se que chefes de facções comandavam o crime mesmo detidos.

A Instituição Anjos da Liberdade, que atua em nome de todos os presos das unidades federais, que fez a mediação do acordo entre as facções.

“Existia uma preocupação a respeito de quem me pagava (se era a facção rival). Eu disse: “Ninguém paga, não. O instituto tem um trabalho gratuito, a gente não recebe de ninguém””, afirma Flávia Pinheiro Fróes, presidente do instituto.

“A guerra continua. Mas houve uma espécie de trégua não declarada com a ida desses chefes paulistas para o sistema penitenciário federal. 


Como eles estão privados de regalias, a tendência é haver alianças para pressionar o Estado e favorecer os chefes no sistema federal. Eles agem baseados em interesses próprios”, disse o promotor Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo.

Tanto advogadas do Instituto Anjos da Liberdade, quanto o Ministério Público do Rio de Janeiro, negam que houve um armistício.

Informações do O Globo.

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