Resgatado filhote de onça parda em Natividade (TO)
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A equipe do Instituto Natureza do Tocantins resgatou nesse final de semana passado, um filhote de Onça Parda (Puma concolor) que havia sido encontrado na beira da rodovia TO-010, próximo ao município de Natividade (TO).
O animal foi resgatado pelo coordenador do Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras) do Centro de Fauna do Tocantins (Cefau), o zoólogo Daniel Albernaz, que efetuou os protocolos de encaminhamento do filhote ao Cefau, local onde a espécie ficará sob observação e receber os primeiros cuidados.
O pedido de resgate foi feito por uma moradora de Natividade que, segundo ela, encontrou o animal andando na beira da rodovia sozinho e um pouco fraco.
A moradora então pegou o animal, levou para casa e deixou em uma gaiola com água e leite enquanto aguardava o resgate da equipe do Naturatins.
De acordo com Daniel Albernaz, quando um cidadão comum encontrar algum animal silvestre não é indicado que o cidadão faça o resgate, “Dona Maria foi quem resgatou e levou para casa, o que não é indicado, por se tratar de um animal selvagem que mesmo filhote pode ser perigoso. Mas também foi essa atitude que salvou a vida desse filhote, que provavelmente morreria atropelado ou de fome”, conta Albernaz.
Onça Parda
A Onça Parda é uma espécie terrestre com a mais ampla distribuição geográfica das Américas. Ocorre desde o Canadá até o Chile, incluindo todo o território brasileiro. É um dos mais bem adaptados felinos do novo mundo, podendo ocupar diversos tipos de ambientes ao longo do continente.
A onça pode medir até 150 cm, sem a cauda, e pesar entre 53 e 72 kg, apesar de haver registros de machos com mais de 110 kg.
A espécie varia muito ao longo de sua distribuição em peso e tamanho. Populações dos extremos do continente (Chile e Canadá) são animais maiores e mais robustos, pesando em média 75 kg. Já populações de regiões tropicais tendem a ser menores, pesando por volta de 50 kg. A coloração da pelagem varia do cinzento-claro até o marrom-avermelhado. É o segundo maior felino das Américas, atrás apenas da onça-pintada.
Considerada como “vulnerável” de acordo com a lista nacional do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e como “pouco preocupante” pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN). A espécie sofre diminuição da população devido a diferentes fatores, como caça esportiva, preventiva ou caça por retaliação à predação de animais domésticos; perda e fragmentação de habitat e atropelamentos.