Formosa/GO: Jovem é indiciada por morte da filha de 2 anos após alegar que criança foi espancada por namorado



Uma jovem de 22 anos foi indiciada pela morte da filha, de 2, em Formosa, no Entorno do Distrito Federal. O crime ocorreu em janeiro de 2017. 


Durante a investigação, ela alegou que o namorado, 26, teria espancado a criança. No entanto, após mais de um ano de investigação, a Polícia Civil concluiu que ela deixou a menina cair de cabeça no chão enquanto tentava entrar em casa pela janela.


O inquérito foi concluído nesta sexta-feira (9), quando será remetido ao Judiciário. A suspeita responde em liberdade. Além do homicídio culposo – quando não há intenção de matar – ela também responderá por denunciação caluniosa. Se condenada, pode pegar até 11 anos de prisão.


De acordo com o delegado Vytautas Zumas, responsável pelo caso, disse que, durante toda a investigação, a jovem negou autoria do crime. No entanto, a versão apresentada por ela não se sustentava.


“Após a criança se machucar, ela chamou o Samu, mas não dizia o que havia ocorrido. Depois de muita insistência, ela afirmou que tinha dado um chá para a filha. Porém, a menina apresentava lesões na cabeça, já estava em coma e apresentando convulsões”, disse o delegado ao G1.


A garota foi socorrida e encaminhada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade, mas como a situação era grave, no dia seguinte, teve de ser transferida para o Hospital de Base, em Brasília. O relatório médico apontou fratura em três ossos do crânio. Após 11 dias internada na UTI, ela morreu.


Investigação


Depois da morte, a polícia seguiu com a investigação. Além de negar, a jovem ainda denunciou que o namorado teria espancado a filha. O homem, no entanto, também sempre alegou inocência.


Várias diligências foram feitas, inclusive, uma reconstituição. Foi quando o delegado descobriu o que de fato havia ocorrido.


“No dia do crime, pela manhã, o namorado havia brigado com jovem alegando que ela era relapsa em relação aos afazeres domésticos, trancou a casa e levou a chave da porta. Na volta, ela tentou entrar pela janela e acabou derrubando a filha”, pontuou.


Mesmo nunca confessando o homicídio, o delegado concluiu a apuração indiciando a mulher baseada em três pontos principais: o depoimento de testemunhas, a quem ela relatou informalmente o ocorrido; a reprodução simulada dos fatos; e a quebra do sigilo telefônico do namorado, que comprova o fato dele não estar com a criança no momento da morte.


Zumas revelou que logo após o a morte, o casal rompeu, mas reataram três meses depois pelo fato dela alegar que estava grávida dele. Porém, após o nascimento, ele descobriu não ser o pai e a relação, de fato, acabou.


Fonte: G1

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