A humanidade : As desigualdades só cessam no fim da vida.

Por Jefferson Victor,

Existir na essência da palavra significa a existência por um determinado tempo.

Em algum período no passado distante surgiram seres vivos e depois de infinitas mutações em milhões ou até mesmo bilhões de anos surgem os primatas e, durante a evolução, os seres humanos no formato atual.

Apesar de tanta transformação, o homem ainda passa por mudanças físicas e mentais, já que usamos menos de 10% da capacidade cerebral. Acredita-se que o homem pode até mesmo virar um outro ser.
Hoje, apesar de se pregar que somos todos iguais, essa teoria é uma utopia.

Somos classificados por questões sociais, raciais, econômicas e até mesmo pelas religiões, as quais deveriam unir os povos mas são pivôs dos principais atritos mundo afora.

No início o planeta era de todos, mas as divisões foram se formando ao longo dos tempos, o grupo dos bilionários que não sabem o que fazer com tanto dinheiro, os que acumulam grandes riquezas, os que possuem muito pouco e os que não têm quase nada.

Os menos favorecidos nem sempre é porque lutaram menos, as vezes tiveram poucas ou nenhuma oportunidade ou não souberam aproveitar, elas não costumam passar duas vezes na mesma porta.
Nesse mundo capitalista herdar um sobrenome já pode ser o diferencial a vida inteira, para melhor ou pior.

Imagino já existiu um período da nossa existência em que uma caça era dividida em partes iguais onde todo o bando se alimentava sem nenhuma distinção, todos saciavam a fome na mesma proporção.

Na história moderna as divisões foram cada vez mais constantes, há quem trabalha de sol a sol e aquele que na sombra usufrui do suor desses menos favorecidos.

Enquanto muitos comem caviar e atum de dois milhões de dólares, há aqueles que garimpam no lixo a sua subsistência.

Há quem vai tirar um espinho no Albert Einstein, e quem tenta tratar um câncer num postinho de saúde.
O Brasil tem o Sistema Único de Saúde, muito deficiente se comparado aos hospitais particulares, mas alguns países não possuem nem mesmo este tipo de atendimento, pessoas morrem sem ter passado uma única vez pela mão de um médico.

A pandemia demonstrou o valor do dinheiro, as Uti’s dos hospitais particulares salvaram milhares de pessoas enquanto no SUS milhares de pacientes morreram nos corredores de hospitais e ambulâncias, sem ao mesmo serem atendidos.

Muitos foram enterrados em valas coletivas como se fossem “animais”, como foi o caso em Manaus, sem mesmo terem uma marcação da cova para visitas futuras.

Na hora de votar aparentemente todos são iguais, cada um tem direito a um só voto, dá-se a impressão, mas isto só dura até a sonorização da urna eletrônica.

Após o voto tudo volta à normalidade, somem os tapinhas nas costas, os abraços, crianças no colo, o fingimento encerra ali.

Os latifundiários empurram cada vez mais o homem do campo para a zona urbana, formando-se grandes favelas, em algumas um submundo dominado pelo crime organizado.

Enquanto isto magnatas erguem palacetes em bairros nobres, andam em veículos blindados, aviões e iates luxuosos que valem uma fortuna.

Para muitos existir é passar pela vida, cumprir sua saga até seus últimos dias, ocasião em que todas as diferenças se acabam. Sepultamento em cova simples ou em túmulo de granito, o caixão não leva ouro, todos voltarão ao pó e serão apenas história.