Vídeo repercutiu: em Posse (GO), professora diz para estudantes que ser homossexual é “impuro”

Uma professora foi filmada afirmando para estudantes que ser homossexual é “impuro”, durante aula em um colégio municipal de Posse (GO), no nordeste do estado, região das Serras Gerais.

Após a repercussão negativa do vídeo, provocada pela revolta de alunos, Maria Elizete Anjos disse que não agiu de maneira preconceituosa.

A informação foi publicada pelo site Metrópoles.

“Se você é homem, foi feito para mulher e mulher para o homem. E o que foge disso é impuro”, afirmou a professora.

A gravação ocorreu na última quinta-feira (11/8), durante uma aula de inglês para alunos do 1º ano do ensino médio.

No vídeo, a professora diz que muitas vezes os adolescentes estão confusos com relação à sexualidade devido a hormônios, mas que relacionamento entre pessoas do mesmo sexo é errado.

“Olha no espelho, tira a roupa. Olha no espelho, você é mulher. E mulher fica com homem. A opinião de Maria Elizete. Qual a opinião de um homem ficar com homem, e mulher ficar com mulher? Qual o problema? Todos os problemas!”, disse.

“Homofóbica”

Em seguida, a professora diz que quem quiser pode chamá-la de homofóbica. Em nota à imprensa, porém, Maria Elizete rebateu: “Não são verdadeiros os supostos comentários homofóbicos atribuídos a mim”.

A professora disse que sempre lutou e prezou para que todos mereçam respeito, independentemente de suas condições, palavras e pensamentos.

“No caso concreto, ao se analisar atentamente todo o contexto e os diálogos, em momento algum quis constranger ou macular qualquer pessoa, gênero ou grupo de pessoas.

Ainda que eventualmente possa ter escolhido mal algumas palavras, em momento algum estas se amoldam ao reprovável conceito de homofobia”, afirmou a professora, antes de pedir desculpas.

Em nota, a Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Posse informou que tomou conhecimento dos vídeos gravados pelos alunos e está investigando toda a situação.

“A Secretaria Municipal de Educação e Cultura não compactua com quaisquer manifestações de preconceito ou discriminação decorrente da orientação sexual, raça, credo, origem étnica, posicionamento político ou grupo social”, diz a nota.

De acordo com a pasta, após o episódio, houve uma reunião com a professora, pais e alunos. Por isso, conforme acrescentou, a secretaria aguarda a ata para dar andamento às providências cabíveis para a resolução do caso de forma imparcial.

“A escola é o espaço da ética, justiça, dignidade, respeito, responsabilidade, amizade, honestidade, solidariedade, autodisciplina, amor, confiança, compreensão, paz e fraternidade.

As atitudes isoladas de um profissional não devem desabonar o trabalho da equipe do Colégio Municipal Castro Alves”, destaca a nota.

A Polícia Civil de Goiás deve investigar o caso.

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