Tribunal do Júri de Taguatinga (TO) condena réus pelas mortes de pai e filho; um deles pegou 18 anos de reclusão

Acusados e condenados
Vítimas, pai e filho

O Tribunal do Júri da Comarca de Taguatinga (TO), sudeste do estado, nesta segunda-feira (7), considerou culpados e condenou os dois acusados pela morte de pai e filho, crimes gravíssimos, que chocaram todo o estado do Tocantins, há cerca de cinco anos.

A pena mais pesada saiu para Miguel Caitano de Queiroz, que foi condenado a 18 anos de reclusão, em regime fechado.

Ele não pode recorrer em liberdade e foi recolhido à cadeia imediatamente após o julgamento.

Já o irmão dele, Aroldo Ribeiro Caitano, foi condenado a 12 anos de reclusão, em regime fechado. No entanto, ele poderá recorrer em liberdade.

O terceiro réu, também irmão de ambos,  morreu durante o processo criminal, em decorrência de doença.

A sentença foi assinada pelo juiz Vandré Marques e Silva.

Tanto o Ministério Público do Tocantins (MPTO), órgão acusador, como a família das vítimas acharam brandas as penas de ambos os acusados e afirmaram que vão recorrer da decisão junto ao Tribunal de Justiça do Estado, para tentar aumentar o tempo de cadeia dos réus.

Como foi o caso

Segunda a denúncia do Ministério Público do Tocantins (MPTO), o caso ocorreu no dia 10 de junho de 2017, por volta das 12h, numa estrada vicinal, próximo ao Povoado do Cedro, na zona rural de Ponte Alta do Bom Jesus (TO), sudeste do estado.

Os três irmãos, Miguel Caitano de Queiroz, Aroldo Ribeiro Caitano e Dermivaldo Ribeiro Caitano, o Coxinha, armaram uma emboscada e mataram Bruno Alves Cirqueira e Tibúrcio Cardoso Cirqueira, o ‘Pretinho’, filho e pai, por conta de briga por terras rurais.

Apurou-se que no dia do crime, os acusados aguardaram escondidos no mato, em ponto determinado da estrada vicinal, onde era necessária a abertura de uma porteira para continuidade do percurso, por onde as vítimas passariam.

Por volta de meio-dia, as vítimas pararam a motocicleta em que estavam, para abrir a porteira, momento em que Bruno Cirqueira, que estava na garupa do veículo, levou um tiro nas costas, disparado, segundo o Ministério Público, por Miguel Caitano.

Ele caiu já morto no local.

O pai dele, Tibúrcio Cirqueira, tentou escapar da emboscada, mas foi atingido por golpes de cacete, desferidos por Aroldo Ribeiro Caitano.

Instantes depois,  o terceiro acusado, Dermivaldo Ribeiro Caitano, o  Coxinha, teria entrado em luta corporal com Tibúrcio.

Não satisfeito, Aroldo continuou a dar diversos golpes com o de pedaço pau.

Miguel Caitano também teria ajudado a matar Tibúrcio, acertando diversas coronhadas na cabeça da vítima. Golpes, que segundo o MPTO, causaram a morte.

Os crimes foram considerados qualificados, pois foram cometidos de modo que dificultou a defesa  das vítimas , de emboscada e ainda por meio cruel.

Vídeo abaixo mostra momento da prisão, logo após a sentença.

Vídeo: momento da prisão, após o julgamento

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