Prefeito de Posse suspende pagamentos de gratificações e abre auditoria em folha de pagamento de servidores

prefeito José Gouveia de Araújo


Entrevista na rádio Cultura FM

O prefeito José Gouveia de Araújo, da cidade de Posse (GO), nordeste do estado, tomou uma decisão polêmica no último dia 19 de setembro. 

Ele suspendeu, temporariamente, o pagamento de todas as gratificações e benefícios de todos os servidores do Executivo, como a insalubridade, diferenças de salário, gratificações especiais e por produtividade, complementos salariais e até hora extra.

O chefe do Poder Executivo municipal elencou uma série de justificativas para cortar parte dos salários dos servidores.

Para publicar o ato, ele considerou o teto da Lei de Responsabilidade Fiscal, que determina que o gasto de pessoal nos municípios não pode ultrapassar os 54% da receita corrente líquida. 

E parece que o teto já estava sendo ultrapassado, pois uma declaração do setor contábil do município indica que o ente já estava acima do limite.

No ato, o prefeito indica que o corte é temporário e que contratou uma empresa especializada para realizar uma auditoria em todos os pagamentos dos servidores efetivos, comissionados e contratados.

“A auditoria tem por objetivo apurar a legalidade das gratificações concedidas”, escreve o prefeito no documento.

Por obvio, a medida não agradou em nada os servidores. Muitos deles estão usando as mídias sociais para reclamar da decisão do prefeito, o que tem gerado grandes discussões na rede. 

Apesar de ser temporário, no ato não há um prazo para o retorno do pagamento das gratificações.

Município endividado 

Recentemente, o prefeito deu uma entrevista ao programa “Fala Cidadão”, comandado por Ivon Valente, Bira Fonseca e Babi Ferreira, da rádio Cultura FM de Posse. 

O prefeito relatou como vem enfrentado as inúmeras dificuldades encontradas nos oito primeiros meses de sua gestão, principalmente com a pior das dívidas, a inadimplência do POSSEPREV, o Instituto de Previdência Municipal.

A gestão do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) é da prefeitura e acumula uma dívida em torno de R$ 4 milhões.

Contraído por administrações anteriores, a dívida impossibilita, por exemplo, que o município retire o Certificado de Regularidade Previdenciária.


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