Pega do ar: Coronavírus em circulação na 2ª onda está mais contagioso, afirma estudo

Não sei se os leitores perceberam, mas deixei de publicar notícias sobre o novo coronavírus. 

Todos os dias, desde março, início da pandemia, publicávamos diversas matérias sobre o assunto.

A ideia sempre foi alertar, informar e trazer novos conhecimentos sobre essa nova e devastadora doença planetária.

Mas ao longo do tempo, percebi que as notícias estavam incomodando muito. 

Pessoas ligadas ao presidente da República, comerciantes, religiosos, políticos em geral, secretários de saúde e, cá para nós, a imensa maioria das pessoas, inclusive, que nunca deixou de fazer aglomerações, festas e muitos outros procedimentos contrários aos protocolos contra a Covid.

E os curados? pediam sempre os exaltados.

Vem cá, mas para ser curado não teve que ser contaminado?  

Nossa intenção sempre foi evitar a contaminação. 

Evitar que pessoas conhecidas e queridas partissem tão brevemente, em virtude de uma doença que pode ser evitada. 

Nessa batalha, quantos ficaram pelo caminho? 

Hoje (25) mais uma pessoa querida de Campos Belos (GO), Lurdinha Canuto, parte abatida pela Covid. 

Ela morava em Anápolis (GO), foi contaminada, seu quadro se agravou e ela não resistiu. 

Jefferson Victor vai fazer um texto para homenageá-la. 

Sinceramente, dá imensa vontade de fechar os olhos e fazer de conta que nada está acontecendo e nada publicar. 

Mas isso é covardia. 

E as notícias, ao longo dos meses, só pioram. 

Hoje saiu mais uma e grave.

Os estudos de sequenciamento genético mostram que o novo coronavírus já passou por várias mutações desde o início da pandemia da Covid-19 e que algumas o tornaram ainda mais competente para se espalhar entre as pessoas. 

Pesquisadores do Houston Methodist Hospital, nos Estados Unidos, afirmam que 99% dos infectados na cidade durante a segunda onda da doença contraíram uma cepa mais infecciosa do vírus.

O trabalho foi publicado na plataforma medRxiv na última quarta-feira (23/9) e ainda precisa passar pela revisão de pares. 

Os pesquisadores sequenciaram o genoma de mais de 5 mil amostras do vírus Sars-CoV-2 que circularam em Houston, maior cidade do Texas, durante a primeira e a segunda onda de casos de Covid-19.

A comparação mostrou que a versão mais recente do vírus havia passado por uma mutação denominada D614G, que codifica mais proteínas spike, facilitando com que o vírus se ligue às células humanas.

“Praticamente todas as amostras da segunda onda têm uma substituição do aminoácido Gly614 na proteína spike, um polimorfismo que tem sido associado ao aumento da transmissão e infectividade”, escreveram os autores do estudo.

Apesar de os pacientes infectados na segunda onda apresentarem cargas virais significativamente maiores no aparelho respiratório, não foram encontradas evidências de que a nova cepa causaria casos mais graves da doença.



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