Ex-prefeita Etélia Vanja diz que promotor é “partidário”


Reportagem original de O Popular, de Goiânia 

A falta de credibilidade política que se instalou no município por causa desse momento fragilizado que vive a população também preocupa a prefeita cassada Etélia Vanja, que é funcionária da Receita Federal, com residência fixa em Brasília. 

Segundo ela, em entrevista por telefone ao POPULAR, não existem provas concretas e as escutas telefônicas foram feitas de forma ilegal. “Esse processo não tem fundamentação. É baseado somente em indícios. O promotor atua de forma ferrenha para que haja essa cassação. Ele é partidário”.

Etélia entrou com liminar no Tribunal Regional Eleitoral para poder voltar ao cargo até que novo julgamento seja marcado. Caso não consiga recuperar seu mandato nessa primeira ação, ela deve recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral. 
“O eleitor não está entendendo o que está acontecendo. Ele vota e não tem valor. Vamos conseguir anular essa ação porque a lei está conosco. Após retomar, vou continuar trabalhando como estávamos, com dedicação, e acredito que nos próximos dois anos São Domingos terá uma nova cara”.

Antes de ser prefeita, Etélia nunca havia ocupado nenhum cargo político, somente o de primeira-dama na gestão do marido Gervásio Gonçalves. “Ele toda vida esteve dentro desse meio político e você acaba vivendo a vida dele, acaba sendo contaminada de alguma forma”. Ela também disse que aceitou o desafio de ser prefeita porque passava por um “momento especial” em sua vida, mas que caso consiga retornar ao posto, não tentará reeleição. “Não tenho pretensões de continuar na vida política”.

Sobre as reclamações ouvidas pela reportagem em São Domingos, a ex-prefeita disse que existem muitas ações em andamento. “Temos viabilização de recursos para recapeamento da cidade, a empresa já está licitada e foi dada a ordem de serviço. Já temos uma praça de esporte coberta feita para os jovens. Temos sete ônibus em encaminhamento para o transporte escolar. Assumi o compromisso de trabalhar”.

Enquanto a liminar não é julgada, o assento na prefeitura vem sendo ocupado pelo presidente da Câmara, Rival Gonçalves (PRP), o mesmo que assumiu na cassação anterior. A reportagem entrou em contato com ele por telefone e marcou uma entrevista no hotel, no entanto, ele não apareceu como combinado e depois não atendeu nenhuma ligação.

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