Escritora Rebeca Mendes faz roda de conversa com presos de Arraias (TO) e doa livros

Na última segunda-feira (1), a escritora Rebeca Mendes, servidora da UFT e parceira do Projeto “Remição de Pena pela Leitura: Ler para Libertar”, compareceu à unidade prisional de Arraias (TO), no sudeste do estado, para uma roda de conversa com os presos.

Na pauta, estava seu livro intitulado “Ainda que me custe a vida”.

Depois de um momento devocional com o padre Valdemir, da Paróquia Nossa Senhora dos Remédios, e com Jorge e Camila, missionários da Base Church, Rebeca contou um pouco da história de seus pais, narrada no livro, e ressaltou como as escolhas podem gerar consequências irreparáveis.

Por fim, a analista pedagógica Liúbia e o coordenador Fernando agradeceram a presença de todos e relataram a emoção do momento.

No final do evento, a escritora fez a doação de seus livros para o Projeto de Remição de Pena pela Leitura – Ler para Libertar da Unidade Penal Regional de Arraias.

Rebeca atuou como professora de línguas na Educação Básica e em Centros de idiomas e, atualmente, exerce o cargo de Técnica em Assuntos Educacionais no Campus de Arraias – UFT. Considera-se uma amante das letras e uma aspirante a escritora, cuja missão é incentivar a leitura.

Comentário deste Jornalista

Conforme já explicitei aqui neste blog dezenas de vezes, o Brasil prende muito e não sabe o que fazer com a massa carcerária. As cadeias, em sua maioria, são imundas, desumanas e dominadas por facções criminosas.

Ledo engano quem pensa que apenas prender vai resolver a questão da segurança pública e da criminalidade. A problemática é complexa e não há solução simples.

Vejo pelo menos dois pilares na compreensão do problema: a punição e a ressocialização. Ambos os pilares caminham de mãos dadas. Assim, o preso tem que trabalhar, estudar, gerar renda e, ao mesmo tempo, pagar sua dívida com a sociedade.

Enquanto não houver essa sensibilização por parte da sociedade e do governo, os presídios e cadeias continuarão a ser universidades do crime.

Por isso, a importância desse honroso e primoroso trabalho que tem sido feito há anos na cadeia pública de Arraias. Um exemplo a ser seguido e aplaudido. Não é à toa que este blog tem sempre dado espaço a todas as iniciativas dessa unidade exemplar.