Detentos da unidade Penal de Arraias (TO) reformam clube social para festa de padroeira

Detentos da unidade prisional de Arraias (TO), sudeste do estado, voltaram a trabalhar em prol da comunidade local.

No último dia 9, os “reeducandos” iniciaram a revitalização do clube Social Arraiano, local tradicional da cidade, destinado a receber diversos eventos, como as comemorações da festa da padroeira.

Cinco homens que cumprem pena trabalharam na reforma, restaurando todo o prédio, corrigindo as irregularidades e aplicando a nova pintura.

O trabalho foi autorizado pelo diretor da unidade prisional, o policial penal Myller Bispo, sob a coordenação do servidor Euto Teixeira.

Os presos foram escoltados para realizar os trabalhos, que tem como intuito, além de servir a comunidade, promover a reinserção deles no meio social.

O trabalho do preso é previsto na Lei de Execução penal como dever social e condição de dignidade humana, tendo a sua finalidade educativa e produtiva.

Comentários deste editor

Estão de parabéns, mais uma vez, não apenas a unidade prisional de Arraias (TO), assim como o juiz local, que autoriza o trabalho dos detentos, como também o Ministério Público de Tocantins.

É isso que a sociedade deseja.

Se um determinado cidadão comete um crime, deve ser julgado e, se condenado, que cumpra a integralidade da sua pena.

Mais que isso, que tenha mantida a sua dignidade como ser humano e, como cidadão, poderá, com o tempo e com o pagamento de sua “dívida”, ser reintegrado à sociedade.

E o trabalho, conjugado com o estudo, são ferramentas importantíssimas.

Não se sabe porque, até hoje, ainda há uma cultura nacional de se manter uma massa de pessoas encarcerada, totalmente em ociosidade, sem nada fazer o dia inteiro, a não ser tomar ojeriza do sistema, se revoltar contra a sociedade e conjecturar crimes e estratégias para outras ações criminosas, dentro e fora das grades.

É mais que urgente que o sistema prisional brasileiro se atente para esses raros exemplos de gestão prisional e mude essa lógica perversa e nada inteligente desse ramo de justiça do Estado brasileiro.

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