Campos Belos, Alto Paraíso, São João da Aliança e Monte Alegre ficam 17 horas sem energia. Evento causou angústia e indignação


Por Jefferson Victor, 

Um  rompimento de um cabo na rede de transmissão causou interrupção de energia por longas 17 horas em Campos Belos, Alto Paraíso, São João da Aliança e Monte Alegre, todas no nordeste de Goiás, causando prejuízo e angustia à população local.

Segundo informações da Celg, o problema foi detectado próximo à fazenda Manda-Saia, e que as equipes trabalharam durante toda a noite para localização, mas devido a extensão da rede,  só por volta de 10:00 chegaram ao local para reparos.

Este ano está sendo  marcado como um dos piores em termos de satisfação com a prestação de serviços da Celg, concessionária de energia que atende a nossa região.

Em anos anteriores os apagões intensificavam em períodos chuvosos, e neste, de forma inexplicável, as interrupções iniciaram ainda no período da seca, e triplicaram com o início das chuvas, as quais não têm sido em forma de tempestade.

Não há um só dia em que não haja queda de energia. Acontece durante o dia e principalmente no período noturno, horário em que há maior consumo e que fatalmente é mais dispendioso para seu restabelecimento devido às dificuldades de se detectar o problema.

Estamos vivendo um dos períodos mais quentes do ano e somos obrigados a dormir sem ventilador ou ar refrigerado, e com isto os pernilongos fazem a festa e mais uma vez contabilizamos  noites de agonia protagonizadas pela tão propagada Celg.

Eu já fiz dezenas de matérias sobre o assunto, já fiz cobrança a autoridades, Ministério Público, mas ninguém parece se importar com esta catástrofe que já dura décadas e que até o momento não parece estar próximo de uma solução.
Onde estão as entidades representativas?  CDL, que representa os empresários, os nossos vereadores, prefeito, Rotary, Maçonaria, Igrejas,  não tenho conhecimento de que  alguém tenha tomado iniciativa para a resolução deste problema.

Eu já venho há  10 anos cobrando melhorias. O meu pedido de abertura de  uma Ação Civil Pública foi acatada pelo MP, porém não houve sequência, imagino até já tenha sido arquivada, tendo em vista que uma única vez fui chamado para abordar o assunto e nunca mais tive noticias de qualquer andamento do processo.

Os prejuízos com a falta de energia são incalculáveis. O comércio, indústrias, escolas, órgãos públicos, funcionários liberais,  bancos ,nada funciona , porém todos acomodam com a situação. A energia sendo restabelecida todos esquecem, até que falte novamente para nova indignação temporária.
Não é nenhum exagero dizer que semanalmente ficamos mais de20  horas sem energia. Há dias em que temos cinco interrupções, não existe eletrodoméstico que resista a esta tormenta.

A maioria dos comerciantes do ramo de informática se nega  vender estabilizadores e nobreaks. Os fabricantes não dão garantias desses equipamentos quando constatam que os problemas são gerados pela instabilidade da rede.

Ninguém em sã consciência entra com pedido de indenização junto a Celg, o aborrecimento  e constrangimento são iminentes, não vale a pena perder tempo, melhor contabilizar o prejuízo.

Presenciei no dia 10 de novembro, na Câmara Municipal de Campos Belos, uma reunião regional da Celg, com a participação de engenheiros, técnicos e funcionários da área de manutenção. Ao todo eram uns 45 servidores. 

A tônica da reunião foi empenho e agilidade da equipe para se dar uma resposta satisfatória aos usuários, porém não houve nenhuma melhoria no período, numa demonstração clara que é um problema crônico e de difícil resolução.

O ser humano é propenso à acomodação, as entidades, os órgão admirativos são geridos por seres humanos, sem uma cobrança intensiva as coisas são mais propensas a este comodismo, este é o nosso atual cenário. Acaba energia, volta quando dá certo, ninguém cobra e com isto as coisas só se complicam dia pós dia.

Somente uma rede de 69 mil volts resolveria o nosso calvário. Esta é a receita definitiva, uma rede de 34 mil volts,  fazendo um duplo papel, distribuição e transmissão, e ainda com uma manutenção maquiada, é a responsável pelo problema que se estende por décadas.

A cobrança foi feita, brevemente postarei matéria sobre as entidades que se manifestarem para atacar o problema de frente. Alguém se candidata? Veremos.

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