Arraias (TO): Livro coletivo do Curso de Pedagogia aborda vivências na Comunidade do Mimoso



Fruto do projeto de extensão “Educação e Cidadania”, nesta quinta-feira (9), às 17h, será lançada a obra coletiva “Educação e Cultura:
O olhar e o Sentir no Chão do Mimoso”, sob coordenação e autoria da professora Magda Suely Pereira da Costa, do Curso de Pedagogia do Câmpus de Arraias.
O evento ocorrerá no auditório da Câmara de Vereadores de Arraias.
O lançamento integra a programação promovida pela Vara do Trabalho de Dianópolis, pelo Ministério Público do Trabalho da 10ª Região e pela Universidade Federal do Tocantins (UFT).
A obra reúne trabalhos realizados no período de 2012 a 2015, prosa e verso, da coordenadora do projeto e dos estudantes do Curso de Pedagogia, nas ações do projeto vinculadas às disciplinas de Didática e Planejamento e Gestão da Educação, ministradas pela professora Magda Suely.
Os trabalhos escritos referem-se às oficinas e ao convívio com a Comunidade Quilombola do Mimoso, município de Arraias/TO, como memória do que viram e sentiram.O projeto e o livro
A professora Magda Suely vem desenvolvendo, desde o ano de 2009, um trabalho de extensão como consequência da seguinte indagação: quais os porquês da desigualdade social no entorno da cidade? E de uma percepção: há falta de conscientização política.
“A proposta junto ao Kalunga do Mimoso tem por objetivo incentivar a Comunidade a tomar consciência da necessidade de maior participação na esfera pública, bem como, a consciência do seu próprio destino dentro da sociedade em que vivem.
Essa tomada de consciência implica, portanto, numa ação que move o indivíduo a inserir-se e participar em sua comunidade, requer vivência e prática de cidadania”, destaca Magda Suely.
Na apresentação do livro, Magda Suely discorre que o sentido do projeto é contribuir com o desenvolvimento dos atores da comunidade, proporcionando-os vivenciar experiências novas e comuns ao seu modo de viver. Em todos os conteúdos, a tentativa busca assegurar-lhes a dignidade humana e o exercício efetivo dos direitos fundamentais.
Esse espaço é caracterizado pela partilha comunitária, oportunidade singular para que as diferentes linguagens e expressões culturais se manifestem, interajam e sejam valorizadas.
Ainda sobre a obra, a professora acrescenta: “Você encontrará os poemas produzidos por aqueles acadêmicos envolvidos no Projeto que constituem este livro coletivo. Por que coletivo? Porque traz a representação do olhar e do sentir da autora e dos acadêmicos que lá estiveram no período de 2012 a 2015.”
A visão de um egresso do projeto
Breno Suarte Cruz concluiu o curso de Pedagogia e trabalha na educação, no município de Gurupi.
É um dos autores dos poemas do livro. Sobre o projeto, ele entende que proporcionou aos participantes momentos de crescimento acadêmico e pessoal.
“Todo o trabalho desenvolvido na Comunidade do Mimoso resultou não apenas nos escritos que produzimos, mas também num abrangente processo de interação e reflexão política, social e cultural”, opina Cruz; e acrescenta que ter um texto publicado no livro “engrandece-me não apenas em currículo, mas sobretudo na oportunidade que tive de comunicar aos leitores um pouco da minha vivência no período do projeto.”
Para o professor George França, que assina o prefácio do livro, “Percebe-se com esse conjunto de poemas, a história, a sensibilidade, as alegrias, as esperanças e, sobretudo, a beleza de um povo que historicamente luta pelo seu espaço e reconhecimento”, escreve.
Exposição fotográfica e documentário
Dentro do mesmo projeto, foi montada uma exposição fotográfica que, além de Arraias, circulou pelas cidades de Arraias, Natividade e na Universidade Estadual de Goiás (UEG), unidade de Campos Belos.
A professora Magda Suely manifesta o objetivo de produzir um documentário sobre as atividades do projeto realizadas no biênio 2016/17.
Fonte: UFT