Polícia indicia enfermeiro-esteticista por crimes de estupro e violação sexual, em Araguaína (TO)
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A Delegacia de Polícia de Araguaína (TO) concluiu as investigações sobre prática dos crimes de estupro, violação sexual mediante fraude, lesão corporal gravíssima e falsa identidade praticados por um enfermeiro-esteticista que atendia na cidade.
O homem praticou os crimes na clínica de estética da qual é proprietário.
Segundo restou apurado, em outubro de 2021, ele praticou abuso sexual enquanto realizava um procedimento estético em uma paciente.
A vítima relatou que ficou extremamente aterrorizada com a situação, e correu para a porta do consultório, mas estava trancada e sem a chave, momento em que o homem a agarrou por trás, mas ela mulher conseguiu fugir.
Dias antes do estupro, a vítima teria contratado um pacote de massagens que foram realizadas por uma massagista, além da aplicação de bioestimulador de aceleramento metabólico intramuscular que seria aplicado por uma funcionária da clínica.
No dia da aplicação, no entanto, o dono da clínica afirmou que seria ele realizaria o procedimento, foi quando o enfermeiro iniciou os abusos apertando a nádega da vítima de forma estranha e desnecessária.
Ao ser questionado, afirmou que estava apenas “analisando” a flacidez e a possibilidade de realização de outro procedimento.
Com a conclusão do inquérito ficou evidente que se tratava de clara violação sexual mediante fraude, praticada contra a paciente, em que ela, apenas após o estupro, concluiu que estava sendo abusada sexualmente pelo dono da clínica.
Um dos procedimentos gerou graves lesões no corpo da mulher e conforme laudo dermatológico anexado ao inquérito policial, não é possível de serem removidas. Por fim, o indiciado, em conversa pelo aplicativo WhatsApp, se passou por uma de suas secretarias e manteve conversas com a vítima.
Na delegacia, testemunhas afirmaram que a paciente está transtornada e traumatizada com o ocorrido, e que a vítima está se submetendo a tratamento psiquiátrico devido à violência sexual.
O delegado Luís Gonzaga da Silva Neto, titular da 26ª Delegacia de Polícia de Araguaína, concluiu o inquérito policial, sendo o investigado indiciado pela prática de vários crimes.
O caso foi enviado ao Poder Judiciário e Ministério Público.
O delegado ressaltou que há outros casos de abusos sexuais praticados pelo indiciado e na mesma clínica envolvendo ex-funcionárias, havendo inclusive um vídeo anexado ao outro inquérito, em trâmite na 26ª DP, que registrou um dos abusos que pode configurar outro crime de estupro praticado pelo homem.
A polícia investiga ainda se outras mulheres foram vítimas do enfermeiro-esteticista, inquérito este que tramita em segredo de justiça.