Imagem do Dia: Direita, Centro e Esquerda. Um textinho sobre política

Nos últimos anos, principalmente após o advindo das redes sociais, os brasileiros se tornaram mais politizados. 


Como muitos poucos tinham acesso a leitura de jornal, milhões não se definiam politicamente, porque não sentiam necessidade se posicionar.  Em realidade, eram lavados. 

Com o advento das redes, boa parte da população – ricos e pobres; das grandes ou pequenas cidades – todos passaram a ter voz e a defender suas bandeiras. 

A rede também ajuntou os que pensam de forma semelhante. 

Antes existiam até aqueles que tinham vergonha se de mostrar e ficavam no silêncio, no escuro, como bem definiu a teoria do “espiral do silêncio”, formulada por uma pesquisadora alemã em meados do século passado.

“Se não encontro eco para os meus discursos, para o meu pensar, escondo-me”. 

Uns são mais conservadores; outros mais liberais. 

Parte defende o liberalismo econômico, ou individualismo; outra é mais pró lado social, mais comunidade.

Esse debate também tem um ator expressivo. Aqueles que não se vinculam à esquerda (progressistas) ou à direita (conservadores).

São os de Centro. 

Neste espectro social, essa turma é maioria. O número  de pessoas que compõe o espectro Centro é bem mais avantajado do que os dois outros antagonistas.

Lula não teria vencido as eleições em 2002 se não amainasse o discurso radical e conquistasse boa parte do Centro. 

Com a picaretagem do PT ao longo das últimas décadas, o Centro pendeu à direita e votou em Bolsonaro. 

Ou seja, esse povo que fica no muro, ora para lá, ora para cá. É quem realmente decide as eleições e quem será minoria ou maioria na sociedade. 

Este blogueiro, por exemplo, é de Centro. 

Apoia ou rechaça pautas à esquerda ou apoia ou rechaça pautas à direita. Há flexibilidade no pensar. Aceita as mudanças com mais facilidade. 

Os extremos são mais radicais. 

Pode aborto? 

Para esquerda, é uma política e uma vontade da mulher. Para os conservadores, nem por estupro. 

Para o Centro, depende. Há flexibilidade, percebem? 

E assim caminha a humanidade, até no uso da cloroquina de Bolsonaro. 

No Twitter, a imagem acima bem descreve os três espectros políticos da sociedade nacional. 

Azul, direita; amarelo, esquerda. Rosa, Centro. 

Na semana passada, a crise causada pela saída de Nelson Teich do Ministério da Saúde fez o campo de apoio a Bolsonaro recuar para apenas 12%, nessa rede social. 

Com 1,27 milhão de menções, em apenas quatro horas, 65% do debate sobre o governo foi ocupado por manifestações da oposição. 

Os dados são da Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas (FGV DAPP).

E você se define como?

Centro? esquerda? direita? ou tanto faz?

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