Russos mataram jornalista americano em ponto de controle, os chamados “check points”

O governo dos Estados Unidos prometeu neste domingo (13) aplicar as “consequências apropriadas” pela morte do jornalista americano Brent Renaud, que, segundo a polícia de Kiev, foi assassinado pelas forças russas na cidade de Irpin, na Ucrânia.

Em entrevista à emissora de TV CBS, o conselheiro de segurança do governo da Casa Branca, Jake Sullivan, disse que o incidente foi “chocante e horripilante” e afirmou que estava em contato com as autoridades ucranianas para obter mais informações a respeito, para que o governo dos EUA pudesse tomar “consequências apropriadas”.

“Os russos dispararam em civis, hospitais, locais de culto e jornalistas”, disse Sullivan.

A morte de Renaud, de 51 anos, foi inicialmente confirmada pela polícia de Kiev, que culpou as forças russas pelo incidente.

A princípio, divulgou-se que ele era jornalista do The New York Times, o que foi posteriormente desmentido pelo próprio jornal, com o qual Renaud tinha colaborado, mas há alguns anos.

Outro ferido no incidente foi o fotógrafo americano de origem colombiana Juan Arredondo. O vencedor do World Press Photo explicou num vídeo divulgado pelo Parlamento ucraniano na sua conta de Twitter o que de fato ocorreu.

“Nós estávamos atravessando a primeira ponte em Irpin. Íamos gravar outros refugiados saindo, íamos pegar um carro que alguém nos ofereceu para nos levar para a outra ponte.

Atravessamos o posto de controle, e eles começaram a atirar em nós, então o motorista se virou e continuaram atirando em nós”, explicou no vídeo, enquanto estava sendo tratado em uma maca no hospital de Okhmatdyt.

“Meu amigo Brent Renaud foi baleado no pescoço e deixado para trás. E nos separamos”, disse o fotógrafo no vídeo de um minuto.

O CPJ (Comitê para a Proteção dos Jornalistas) disse que o ataque foi uma violação do direito internacional. Logo após a morte do cinegrafista, a ONG RSF (Repórteres sem Fronteiras) pediu uma investigação para esclarecer as causas.

Editado por Dinomar Miranda, via Agência EFE

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