Preços dos show da “Pecuária” de Campos Belos (GO) assustam; mas não há o que fazer

Diversos leitores do Blog mandaram, assustados, os preços dos shows musicais previstos para ocorreram no próximo mês de julho, em Campos Belos (GO), durante a festa agropecuária da cidade, sob a batuta do Sindicato Rural.

Calcinha Preta, no dia 14 de julho, por exemplo, está ao custo de R$ 120 o ingresso individual, acrescido de uma taxa de venda on line de R$ 14.

Para o mesmo show, a meia entrada para estudante, com a taxa, sai por R$ 67,20.

Já o show de Vitor e Luan, que vai acorrer no dia 16 de julho, o preço do bilhete está por R$ 179,00 e a meia por R$ 67,20.

“Um absurdo de alto”, diz uma leitora, reclamando dos preços altos.

Mas não há o que fazer, no nosso entendimento.

Os cachês dos artistas são fixos e tabelados.

Quem quiser contratá-los, assina contrato, paga adiantado e recupera os valores com recursos de bilheterias.

“Não há almoço de graça”, no jargão do mercado.

A outra forma de baratear os preços são as prefeituras das cidades assumirem a dívida e pagarem os cachês sob o pretexto de “incentivo cultural”.

Mas aí o fosso é mais embaixo.

Sem contar as maracutaias de sobrepreço ou de superfaturamento, do ganha ganha por fora, tudo sai por conta dos cofres públicos, pago por impostos, que por sua vez também não estão baratos.

E ainda, mesmo que fosse tudo dentro da legalidade, é correto as prefeituras pagarem por shows, enquanto há outras prioridades?

Não é demais lembrar que o Brasil tem hoje cerca de 30 milhões de pessoas sem ter o que comer diariamente.

É ético, moral, correto, inteligente e estratégico ao gestor custear shows de artistas com tanta outras prioridades absolutas?

A economia criativa, como o nome indica, é uma economia, é um mercado que emprega pessoas e gera renda.

Ninguém vai trabalhar de graça.

Por detrás da apresentação de uma artista, há uma penca de profissionais, como técnicos de som, de iluminação, montadores, motoristas e músicos que precisam receber pelo seu trabalho.

“É o ganho pão de cada um deles”.

O Sindicato, por outro lado, ou qualquer outra associação não vai tirar dinheiro do próprio caixa para custar festas ao público. Aos associados, isso não interessa.

Sobra ao consumidores dos shows arcarem com os custos. Simples, assim. Ou pagarem mais caro, via prefeituras.

Isso interessa a quem?

É uma realidade dura, mas é isso que está posto.

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