Moradores de Arraias (TO) denunciam abandono digital e cobram providências das operadoras de telefonia móvel

Por Dinomar Miranda
Em pleno 2025, os moradores da histórica cidade de Arraias, no sudeste do Tocantins, vivem uma realidade que contrasta com os avanços tecnológicos celebrados no restante do país. A população denuncia um verdadeiro apagão digital, provocado pela precariedade dos serviços de telefonia móvel oferecidos pelas operadoras que atuam na região.
Segundo relatos de consumidores, o sinal de celular é extremamente instável e, em muitos momentos, simplesmente desaparece. Há registros frequentes de dias inteiros sem qualquer conexão, mesmo com as faturas pagas em dia. A situação tem gerado indignação e um sentimento generalizado de abandono por parte das empresas do setor.
“O que estamos enfrentando é um descaso total. Pagamos por um serviço essencial e recebemos praticamente nada em troca. É como se fôssemos invisíveis para as operadoras”, afirmou o morador Anselmo Germano, que fez um apelo público por meio das redes sociais pedindo ajuda e visibilidade para o problema.
A falta de conectividade vai muito além do desconforto. Prejudica o comércio local, afeta o trabalho de profissionais autônomos e coloca em risco a segurança e o atendimento em saúde, especialmente em situações de emergência. Estudantes e professores também têm suas atividades comprometidas diante da instabilidade do sinal, dificultando o acesso a conteúdos educacionais e plataformas de ensino.
Outro ponto de crítica é a ineficácia dos canais de atendimento ao consumidor. Reclamações são ignoradas ou respondidas com mensagens automáticas, sem solução concreta. A população se sente desamparada e pede que órgãos como a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o Ministério Público e os Procons atuem com urgência.
“Arraias pede respeito. Arraias exige conexão. Arraias merece ser ouvida”, resume o apelo coletivo dos moradores.
Enquanto o mundo avança na era digital, Arraias permanece desconectada — não por falta de vontade de sua gente, mas por negligência de quem deveria garantir o direito à comunicação.