Instituto Mauro Borges divulga Índice de Desempenho dos Municípios Goianos; Alto Paraíso lidera tráfico de drogas

Nordeste de Goiás é destaque negativo

O Instituto Mauro Borges (IMB) divulgou o Índice de Desempenho dos Municípios Goianos, que é produzido a cada dois anos e que avalia o contexto socioeconômico das 246 cidades do Estado em seis áreas de atuação: Economia, Educação, Infraestrutura, Saúde, Segurança e Trabalho.

O estudo completo pode ser lido aqui.
 
No balanço geral dos índices mapeados, Ouvidor foi o município que apresentou o melhor desempenho; seguido pela capital Goiânia (2º); Chapadão do Ceú (3º); Morro Agudo de Goiás (4º) e Alto Horizonte (5º). O município de Santa Rita do Araguaia ficou na última posição do ranking. 
 
“A tomada de decisão assertiva deve estar embasada em estudos, na ciência. Governar é olhar 360 graus para as necessidades dos municípios goianos, entendendo suas particularidades, regionalidades e as vulnerabilidades. E esse estudo nos oferece mais uma importante fundamentação para nortearmos atenção específica onde cada município mais necessita”, explica o secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima.
 
O estudo sobre a infraestrutura dos municípios envolve a análise do abastecimento de água; saneamento básico; energia elétrica; telefonia fixa e internet banda larga. 

Os cinco municípios que ocuparam o topo do ranking foram Goiânia (1º), Itumbiara (2º), São João da Paraúna (3º), Lagoa Santa (4º) e Caldas Novas (5º), sendo da capital os melhores scores quanto à telefonia fixa e internet banda larga; e de São João da Paraúna a nota máxima no quesito esgotamento sanitário.
 
Flores de Goiás, com seus pouco mais de 15 mil habitantes, ocupou o último lugar do ranking, mostrando a necessidade de receber mais investimentos em todos os quesitos analisados, com destaque para fornecimento de energia elétrica, esgotamento sanitário e telefonia fixa e internet banda larga, com nota mínima.

De modo geral, os dez municípios com os piores desempenhos em infraestrutura possuem menos de 16 mil habitantes e estão localizados, em sua maioria, no Nordeste goiano.
 
No âmbito da Saúde, Córrego do Ouro, com população de 2.489 habitantes, figurou no topo do ranking, tendo obtido média de 9,81 nos indicadores analisados, seguido por Diorama (2º), Panamá (3º), Campinaçu (4º) e Ivolândia (5º), todos com população inferior a 4 mil habitantes.
 
Águas Lindas de Goiás, no Nordeste goiano, ficou em último lugar no ranking, devido à falta de leitos hospitalares via SUS e acompanhamento pré-natal.
 
Em linhas gerais, a análise da área mostrou avanços positivos da saúde por todo o Estado, como o fato de 94,47% dos municípios goianos apresentam cobertura do programa Estratégia Saúde da Família; 81,56% das crianças goianas terem sido vacinadas com a pentavalente, e 20% dos municípios goianos não registrarem mortes infantis.
 
Na Educação, Taquaral de Goiás figurou no primeiro lugar do ranking; seguido por Santa Rosa de Goiás (2º), Ceres (3º); Araçu (4º) e Inhumas (5º). A cidade de Baliza, com quase 5 mil habitantes, apresentou os piores índices mapeados, ficando em última posição.
 
Ao analisar a infraestrutura das escolas públicas, foram consideradas a presença de alguns equipamentos como biblioteca, laboratório de informática, de ciências, quadra poliesportiva e oferta de internet banda larga, como necessários ao funcionamento das unidades.

O estudo apontou que, em média, 71% das escolas públicas urbanas possuem itens de infraestrutura necessários ao oferecimento de um ensino de qualidade.
 
Sobre a segurança em Goiás, o estudo mostrou que os dez municípios com melhores desempenhos possuem menos de 4 mil habitantes, sendo que em alguns deles não houve sequer registro de ocorrência de tráfico de drogas ou crimes contra a dignidade sexual.
 
Água Limpa ocupa o primeiro lugar do ranking, seguido por Palestina de Goiás (2º); Amaralina (3º); Nova Roma (4º) e Mimoso (5º). Por outro lado, a cidade de Alto Paraíso ocupou o último lugar do ranking, ao obter altos índices no que se refere a contravenções penais e tráfico de drogas.
 
Na Economia, a capital Goiânia desponta na primeira posição ao atingir índices máximos nos quesitos recursos próprios, valor apurado pela indústria e pelo setor de serviços. Em seguida, aparece Rio Verde (2º) com pontuação máxima no Agronegócio; Alto Horizonte (3º); Jataí (4º) e Anápolis (5º).

Importante frisar que o município de Alto Horizonte conquistou posições a frente de Jataí e Anápolis pelo seu excelente desempenho no avanço do Produto Interno Bruto, que foi de 52,6%, o que lhe rendeu nota máxima nesse quesito, e o avanço no ranking.
 
Monte Alegre de Goiás, com seus pouco mais de 8 mil habitantes, ocupa o último lugar no ranking, ao ter obtido notas próximas a zero nos quesitos industrial, de serviços e agropecuário.
 
Os dados analisados na área trabalho levam em conta apenas os vínculos formais empregatícios, não englobando a ocupação autônoma ou mesmo informal. Também são analisados remuneração oferecida e a qualificação da população. Logo, está no primeiro lugar a cidade de Ouvidor, com pouco mais de 6 mil habitantes, seguida por Morro Agudo de Goiás (2º); Alto Horizonte (3º); Chapadão do Céu (4º) e Rio Quente (5º).

O município de Varjão ocupa a última posição do ranking, com pouco mais de três mil habitantes.

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