Centro de Instrução de Guerra na Selva homenageia meninos que sobreviveram 27 dias na selva amazônica

Nesta última segunda-feira (11), no Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), localizado em Manaus (AM), foi realizada a formatura destinada à entrega de diplomas e distintivos de Selva, concedidos pelo Comando Militar da Amazônia aos irmãos Gleison, de 9 anos, e Glauco, de 7 anos.

A comenda foi em reconhecimento à bravura e resiliência apresentada pela crianças, que sobreviveram, em condição de isolamento, por 27 dias na Floresta Amazônica, na região de Manicoré-AM, distante cerca de 330km da capital Amazonense.

Na oportunidade, as crianças passearam pelo zoológico do CIGS, onde tiveram contato com alguns animais da fauna amazônica, dentre eles a famosa onça pintada, símbolo da Guerra na Selva Brasileira.

Mais sobre os meninos guerreiros

Os irmãos Glauco e Gleison, de 7 e 9 anos, passaram 26 dias desaparecidos na floresta amazônica. De acordo com o irmão mais velho, durante o período perdido na floresta, ele precisou carregar o caçula nas costas algumas vezes.

Conforme uma das enfermeiras que acompanhou os meninos no hospital, o mais novo tinha dificuldades para andar por causa de feridas nos pés, provocadas pelo contato com o solo. Os meninos foram encontrados por um cortador de lenha.

“O mais velho protegia o mais novo. Então o colocava nas costas e andava um pouco até que o outro conseguisse se recuperar”, relatou ao Uol a profissional de saúde Marcilene Mereth, da Casa de Apoio à Saúde Indígena.

Desde o desaparecimento, homens do Corpo de Bombeiros faziam buscas pelas crianças, e contavam inclusive com a ajuda de indígenas da comunidade Capanã Grande, uma das maiores da cidade, uma vez que os indígenas conhecem bem a região onde as crianças estavam perdidas. A dupla de irmãos foi encontrada por um morador que entrou na floresta para serrar árvores.

As crianças, que foram encontradas em situação de desnutrição, contaram à mãe que estavam comendo durante os dias de desaparecimento, uma fruta típica da região, chamada sorva. A informação foi confirmada pela mãe dos meninos, a diarista Rosinete da Silva Carvalho.

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