Em alta, militarismo atrai multidão em desfile de Goiânia (GO)
Com faixas pedindo intervenção militar, o desfile cívico que comemorou ontem os 196 anos da Independência do Brasil contou com pequeno atraso em relação aos anos anteriores.
Manifestantes com bandeiras e cartazes ficaram concentrados ao longo da Tocantins e realizaram silenciosos protestos durante a solenidade.
“Eu acho que esse patriotismo todo é meio sem sentido”, argumenta. César também contou que, embora boa parte da polícia goiana esteja concentrada para assistir ao desfile, o dia a dia de quem trabalha no Centro não possui nenhum auxílio por parte das tropas de segurança.
A proprietária de loja na Tocantins Angelina Durães, 38, disse que a falta de policiamento no centro é uma realidade. Ela traçou um paralelo entre a quantidade de carros no desfile e o que vê na rua no cotidiano. “Nossa, tem tanto carro e polícia. Na hora que chamamos, eles não aparecem”, criticou.
Já o representante comercial Gleidson Dias, 38, pensa que o desfile cívico é importante para a memória nacional. Natural do interior de Minas Gerais, ele acredita que a solenidade é bonita.
Também estavam presentes na celebração o secretário de segurança pública e administração penitenciária e ex-governador de Goiás entre 1975 a 1979, durante a ditadura militar, Irapuan Costa Júnior; o governador de Goiás, José Eliton; o candidato a deputado federal, Demóstenes Torres (PTB), bem como autoridades da Polícia Militar e do Exército
Em vídeo divulgado numa rede social, o prefeito de Goiânia Iris Rezende (MDB) declarou que a data é uma homenagem aos antepassados. Segundo ele, o dia da Independência do Brasil é uma celebração em que todos os brasileiros devem refletir sobre o que “o País espera de nós, homens públicos”.
Já o governador José Eliton, por sua vez, lembrou que a data serve para os brasileiros pensar o que querer para a educação. “Já consolidamos o Estado Democrático de Direito.