A luta do “Ferrerinha”. Recuperação pode servir de projeto piloto

Por mais agredido e pisoteado que fosse nos últimos 30 anos, o Ferreirinha, um dos principais cursos d´água que banha a zona urbana de Campos Belos, floresce. 


E floresce lindamente, com suas águas limpíssimas e doce.

Ele luta sozinho contra o descaso da sociedade, como um todo, que ainda insiste em despejar em seu leito sacolas plásticas, vidros, resto de alimentos e bichos mortos, além do desague de canos de pia.

Já foi bem pior. 


Antes da instalação da rede de esgoto pela Saneago, o Ferreirinha tinha-se transformado em um esgoto a céu aberto, com fezes humanas e outros dejetos imundos sufocando suas vidas.

Para além disso, retiraram boa parte de sua mata ciliar, uma proteção natural contra o sol escaldante do nordeste de Goiás.

Mas apesar de tudo isso, o Ferreirinha está ali, firme e com água boa de danar. 


As imagens  são desta semana e foram feitas na altura da avenida Campos Belos.

Como se nota, o riacho já é caudaloso a poucos metros para além da sua nascente. É incrível a sua resiliência.

Que tal ajudarmos o Ferrerinha? 


Não apenas o Poder Público ( Prefeitura, Câmara de Vereadores, Ministério Público e Poder Judiciário)?

Que tal as pessoas e as organizações civis, escolas e universidades tomaram a iniciativa de recuperação total do Ferreirinha e transformá-lo em um projeto piloto, exemplar, de recuperação e conservação de cursos de água urbanos e rurais em nossa região?

Não há muito é que fazer. Basta uma certa organização e um projeto, com início, meio e fim.

As ações podem abarcar a fiscalização e isolamento de canos clandestinos de desague de água suja; o replantio das matas ciliares com mudas e sementes nativas; campanhas de conscientização em rádios e meios de comunicação; mutirões de recolhimento de lixo, ao menos uma vez por mês e muitas outras ações.

Este é um chamado do próprio Ferrerinha, ao prefeito Eduardo Terra; ao promotor Dr. Bernardo Monteiro, ao juiz Dr. Fernando Marney , aos diretores da UEG e do IF Goiano; aos diretores das escolas públicas e particulares; aos ativistas sociais e ambientais, como Jefferson Victor, Evônio Madureira, Dinha Terra, Odiva Vaxier, Franciele Rego, entre outros.

Vamos comprar esse briga, meu povo? Juntos somos mais fortes.


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