Brazlândia e Alto Paraíso: Justiça alega falta de provas e manda soltar suspeitos de colocar bomba em igreja do DF
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Os três suspeitos de participar de uma tentativa de ataque com bomba ao Santuário Menino Jesus, em Brazlândia, no Distrito Federal, na madrugada de Natal, foram soltos nesta quarta-feira (9). O processo foi arquivado pela Justiça.
A decisão de libertá-los foi assinada pelo juiz Fellipe Figueiredo de Carvalho, da 7ª Vara Criminal de Brasília, na terça-feira (8).
Segundo o juiz, não foi possível abrir uma ação penal contra os investigados, devido à falta de provas.
“Compulsando os autos, verifico que esgotaram-se as linhas de investigação, sem que fossem colhidos elementos suficientes para a propositura da ação penal”, afirmou.
As investigações vão continuar sob sigilo, segundo o delegado Fernando César Costa, chefe da Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Cecor).
De acordo com ele, a sugestão de arquivar o processo veio da Polícia Civil.
Nove dias presos
Um homem de 29 anos, um de 27 e uma mulher de 41 anos passaram nove dias presos preventivamente pela suspeita de terem participado da tentativa de ataque ao maior templo católico do Distrito Federal.
O trio foi preso em 1º de janeiro, em Alto Paraíso (GO), um dia depois de uma série de buscas e apreensões em sete endereços atribuídos ao grupo, em Brasília, Goiânia e São Paulo. A operação foi feita em parceria com a Polícia Federal.
A bomba montada na tentativa frustrada de atentado no santuário de Brazlândia tinha “traços de sofisticação”, segundo investigadores.
O grupo que reivindicou a autoria do ataque publica ameaças em um blog, no qual eles postaram um vídeo que mostrava a bomba sendo colocada em frente à igreja.
O endereço não foi atualizado de 29 de dezembro a 3 de janeiro, quando um texto provocou as polícias Federal e Civil “por acreditarem que deteriam com tal facilidade” os integrantes do grupo.
A ameaça
Uma bomba foi encontrada em frente ao Santuário Menino Jesusentre os dias 24 e 25 de dezembro.
Segundo a Polícia Militar, uma pessoa que passava em frente à igreja de Brazlândia estranhou a presença de uma mochila deixada no local e acionou a corporação.
Quando o Esquadrão de Bombas analisou a mochila e encontrou o explosivo, a igreja e as ruas da região foram isoladas.
O artefato era formado por um cilindro de extintor de incêndio com pregos e pólvora, além de um detonador movimentado por relógio.
O objeto, encontrado por volta da meia-noite, foi detonado às 4h por um robô da PM.
Na noite de Natal, uma missa reuniu cerca de 1,5 mil pessoas na igreja. Naquele mesmo dia, os responsáveis pelo templo receberam um e-mail de um grupo que se dizia responsável pelo explosivo e que postou fotos da bomba antes de ela ser levada à igreja.
Fonte: G1