Artigo: Educação, futuro incerto




Por 
Lívia Geralda Queiroz, 


A educação vive dias sombrios. O corte nas verbas repassadas para as universidades federais e institutos federais de ensino, representa um desfalque enorme num orçamento já apertado, no qual reitores e diretores tem que fazer um grande esforço para conseguirem manter o nível da educação, incluindo-se pesquisas científicas e projetos de extensão. 

Apesar que, o governo federal, não fala em corte, mas em contingenciamento de gastos, tendo em vista a lei de responsabilidade fiscal. Isto significa o congelamento de gastos, até que a arrecadação de impostos volte a crescer. 

Segundo o governo, o bloqueio de verbas foi aplicado apenas sobre gastos não obrigatórios.

Explicado os termos e fatos, mesmo que de forma não muito clara, surgem algumas questões: Como o corte de verbas para gastos com água, luz, equipamentos, pesquisas científicas, entre outros, não interfere no funcionamento de universidades e institutos federais? 


Como é possível ofertar uma educação de qualidade, sem infraestrutura? Como um país, cuja bandeira tem o lema positivista de “ordem e progresso”, pode evoluir sem pesquisas científicas e sem ofertar serviços que melhorem a vida dos cidadãos?

São questionamentos sérios, que precisam ser refletidos, discutidos, analisados e respondidos.

As manifestações ocorridas, em 15 de maio, nos 26 estados e no Distrito Federal, são reflexos dessa medida abrupta e questionável. 


Infelizmente, envolveram, em sua maioria, somente estudantes e agentes educacionais, a sociedade em geral ainda não despertou para a gravidade dessa medida e suas possíveis e terríveis consequências.

E para completar o quadro caótico em que vivemos, o presidente da república, que foi eleito por um processo democrático, chamou os manifestantes de “idiotas úteis”, “imbecis” e “massa de manobra”. 


Ao que parece, os princípios democráticos e constitucionais de liberdade de opinião e de expressão política, foram esquecidos pelo senhor presidente.

Em nossa região, temos três exemplos desse desrespeito ao direito constitucional de acesso à educação: o fechamento do campus da UEG em Campos Belos, o corte de verbas para o campus da UFT em Arraias e para o campus do IFG em Campos Belos. 


Essas instituições de ensino, atendem um numeroso corpo discente do nordeste goiano e do sudeste tocantinense, regiões caracterizadas pela distância dos grandes centros, pela carência de serviços básicos ao exercício da plena cidadania e pela falta de oportunidades de acesso ao ensino de qualidade.

Estamos vivenciando um período turbulento, trágico e assustador, no qual a educação está sendo relegada a um segundo plano. 


Os prejuízos com essas medidas são imensuráveis, e o futuro da educação no Brasil está cada vez mais incerto.

#SOMOStodosUEG

#SOMOStodosIFG

#SOMOStodosUFT

#SOMOStodosEDUCACAO

Deixe um comentário