Abuso de poder religioso: padre e pastor bolsonaristas de Posse (GO) pregam que devem ser consultados na hora do voto

Uma passeata está dando o que falar na cidade de Posse (GO), nordeste do estado.

Pasmem-se. Juntaram-se um padre e um pastor para fazer política partidária barata e pedir votos para um candidato.

As informações são do Portal Goiás 24 Horas.

Os dois supostos sacerdotes, usando ilegitimamente os poderes religiosos a eles confiados, aproveitaram-se, e com abuso de poder, para falar em nome de “Deus” e pedir votos, como se o Estado brasileiro não fosse laico.

Identificados apenas como padre Daniel e pastor João, ambos saíram à rua, vergonhosamente, pregando a “salvação” através de Jair Bolsonaro (PL), em um bairro pobre da cidade de Posse (GO).

Os dois dividem o microfone de um carro som em ruas e vielasde terra batida, para atacarem o candidato petista, Luiz Inácio Lula da Silva e santificarem o bolsonarismo.

Uma aberração, mesmo se fosse para exaltar Lula e prejudicar Bolsonaro.

Definitivamente esse não é papel da Igreja.

Na caminhada, eles não pregam Deus, Cristo, fé ou os valores cristãos.

Proclamam que a direita é o caminho “abençoado”, abusam do poder religioso, e chegam ao ponto de afirmar que devem ser procurados na hora do voto.

Misturando religião e política, os dois religiosos entram numa seara muitíssimo perigosa, igualzinho as posições dos aiatolás do Iran, dos extremistas do Afeganistão ou da própria Igreja Católica, que matou e queimou muita gente na inquisição, por séculos, na conhecida idade negra, das trevas ou idade média, que durou quase mil anos em que os Papas eram o próprio Poder.

Não custa nada lembrar que a Constituição garante aos brasileiros o direito de liberdade religiosa e política.

A pessoa pode tomar a sua decisão independente do que diz o padre ou o pastor. Tem o coração e a mente livres para decidirem por sua consciência e conveniência.

Atribuir condenações do cristianismo aos eleitores em Lula (PT) ou constranger quem não tem a mesma opinião política dentro de um ambiente religioso é um ato criminoso e deve ser apurado pela justiça.

No aguardo das ações do Ministério Público, da Justiça Eleitoral e da própria Arquidiocese aos dois petulantes ditos religiosos.

Veja o horroroso e patético vídeo abaixo:

Deixe um comentário