Tribunal do júri de Arraias (TO) condena “Talão” a 18 anos de reclusão

O Tribunal do Júri de Arraias (TO), sudeste do estado, condenou Thales Costa Moura, conhecido como “Talão”, um empresário da cidade de 33 anos, a mais de 18 anos de reclusão pela morte de Robério da Cunha, crime ocorrido no ano passado, no setor Buritizinho.  

Ele também foi condenado a pagar R$ 50 mil reais de indenização aos familiares da vítima, que deixou filhos pequenos.

O crime ocorreu em outubro do ano passado. Segundo a denúncia do Ministério Público do estado do Tocantins, no dia 17 de janeiro, por volta das 21h, Talão atirou contra Robério Cunha, na rua 06, próximo ao “Bar da Lilian”.

A investigação da Polícia Civil apurou que os dois bebiam no “Bar do Adriano Lima”,  localizado nas proximidades, onde tiveram uma breve e simples discussão, sem exaltação de ânimos e maiores desdobramentos.

Não se apurou qual foi o motivo da discussão.

Despois do breve bate-boca, despediram-se de forma pacífica e a vítima saiu do local e foi para o “Bar da Lílian”, ali próximo, na iniciativa de comprar algumas cervejas e trazer para o outro bar. 

No mesmo instante, Talão saiu do “Bar do Adriano”, onde também estava com sua namorada, buscou no carro dele um revolver calibre .38, foi na direção de Robério e atirou sem nada dizer.

Segundo o promotor de Arraias, que fez a denúncia junto ao Poder Judiciário, o acusado deu o tiro a curta distância, de surpresa e pelas costas, de forma traiçoeira. Robério da Cunha estava totalmente indefeso e desarmado e foi atingido no dorso direito.

O rapaz chegou a ser socorrido para a “Casa de Saúde Nossa Senhora da Conceição”, em Campos Belos-GO, mas morreu em consequência dos ferimentos provocados pela bala.

A Polícia Civil apurou ainda que “Talão” portou, transportou e escondeu arma de fogo e munições calibre 38 sem autorização legal em diversas datas, ocasiões e circunstâncias distintas no período entre janeiro de 2020 e 17 de janeiro de 2021 no município de Arraias, e a arma de fogo e algumas munições foram também ocultadas momentos após o cometimento do crime.

No carro do assassino também foram apreendidas pela Polícia Militar 1,4 gramas de maconha.

No julgamento do homicídio, ocorrido nesta semana, no fórum de Arraias, o Conselho de Sentença, reunido secretamente, votou nos quesitos apresentados e por maioria de quatro votos, reconheceram a materialidade e autoria do delito de homicídio.

Os jurados rejeitaram a absolvição e admitiram as qualificadoras de motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

Ainda, pela mesma maioria de quatro votos, reconheceram a prática do crime de  porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e rejeitaram a absolvição.

A pena  foi fixada, em definitivo, em 18 anos e três meses de reclusão, em regime fechado, sem direito de apelar em liberdade. Como ele já está preso, lá permanecerá durante a possível apelação junto ao Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins.

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