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Recentemente recebi, do meu amigo e arquivologista Domingos Costa, um exemplar do Jornal Alternativo Ìrohìn, editado e publicado pelo movimento negro.
A edição traz várias matérias interessantes sobre as atividades do movimento negro no Brasil e ações de várias pessoas país afora.
Mas o mais interessante é ver como é importante os movimentos organizados, principalmente em defesa das minorias.
É através de publicações como esta que pudemos observar o quanto as pessoas pertencentes às minorias são discriminadas e alijadas de posições sociais relevantes, do acesso a boas escolas, de bons empregos, em fim, das principais funções e decisões da sociedade.
Basta ler algumas páginas do Ìrohìn para se observar o tamanho do fosso que separa brancos e negros no Brasil.
Só para exemplificar, na página 22 está publicada uma entrevista com a primeira Ouvidora Geral na história da Defensoria Pública na Bahia.
Como é possível, que somente agora em 2008/2009, em pleno século XXI, e ainda num estado que seguramente tem uma das maiores populações negra do país, ter um negro em posição de destaque da Defensoria Pública?!
Quantos oficiais-generais negros existem? e quantos negros chefiaram um dos poderes da República?
Só em 2003 é que um negro pode alcançar uma posição na mais Alta Corte do País. A escolha do Ministro Joaquim Barbosa representou uma vitória dos movimentos que lutam contra a discriminação racial. Além disso, se tornou um ato simbólico do compromisso do governo Lula em combater o preconceito, o que já havia sido prometido com a criação da Secretaria de Políticas e Promoção da Igualdade Racial.
Beira o absurdo. Mas é uma realidade.
Pela ousadia e idealismo, parabenizo os editores e corpo de redatores do Jornal Ìrohìn.
Em tempo, Ìrohìn significa “notícia”, na língua africana iorubá.
Acesse o site do Ìrohìn : http://www.irohin.org.br