Taguatinga (TO): para família de pai e filho assassinados, conclusão de inquérito gera “sentimento de satisfação”
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Em entrevista concedida a Cleber Toledo, Kelly Cirqueira disse que a conclusão do inquérito que apurava o duplo homicídio que vitimou Tibúrcio Cirqueira, 50 anos, e Bruno Cirqueira, 22 anos, gera agora na família um sentimento de “satisfação”.
Ela é filha e irmã das vítimas. “Nós estamos com um sentimento de satisfação muito grande pela conclusão do inquérito.
A primeira etapa terminou. Em poucos dias chegará a notícia da denúncia. Mas nossa alegria só se completará quando houver a conclusão da Justiça tocantinense e eles [os suspeitos] forem recolhidos atrás das grades”, disse.
Tibúrcio e Bruno foram assassinados brutalmente na zona rural do município de Ponte Alta do Bom Jesus, no dia 10 de junho.
Conforme as investigações, Bruno foi alvejado nas costas por um disparo de arma de fogo, enquanto seu pai Tibúrcio foi executado a golpes de pauladas.
Oferecer denúncia
De acordo com o delegado Márcio Duarte Teixeira, responsável pelo caso, o inquérito já foi remetido ao Poder Judiciário e caberá ao Ministério Público Estadual (MPE) decidir se oferece denúncia contra os três suspeitos do crime.
“Esperamos o óbvio, a denúncia dos assassinos desse crime bárbaro. Como diz o relatório do inquérito, que passo mal toda vez que leio, a crueldade com meu pai e meu irmão não ficará impune.
Confio plenamente no trabalho do promotor do caso”, ressaltou Kelly.
Motivação do crime
Segundo as investigações da PC, o crime teria sido motivado por uma disputa de terras, que já se arrastava há muitos anos, entre os suspeitos e a família Cirqueira.
Questionada de qual é o sentimento da família com a conclusão do inquérito, Kelly disse muito emocionada que os suspeitos estão mais perto da cadeia definitiva.
“É difícil dizer o que sentimos. Perdemos pérolas. Uma dor imensurável vai nos acompanhar diariamente, contudo, temos certeza que não haverá impunidade. A cada instante os assassinos ficam mais perto da cadeia definitiva”, ressaltou.
Kelly contou que acompanhou as investigações em tudo que conseguiu ter acesso. “Eu acompanhei de perto o inquérito, naquilo que pude ter acesso, pois o caráter sigiloso nos deixou sem acesso imediato a algumas ações.
Vi que todos os dias, incansavelmente, a Polícia Civil atuou para investigar minuciosamente esse crime brutal.
À frente teve um delegado muito competente e conhecedor. O tempo que demorou, foi dentro das possibilidades.
Talvez se concluído antes não apresentaria tantos elementos, que são fundamentais à denúncia e consequente condenação”, finalizou.
Fonte: CT