Crônica: que babado! Campos Belos apaga velinhas. Arraias sempre presente
Por Andra Ribeiro,
O 63° aniversário de emancipação de Campos Belos merece 10 fatos(opiniões):
1- A cidade já foi “colônia” de Arraias. Sim!
Era uma fazendinha no meio do nada. Era chamada de Almas, coitadinha!
Em 1893, duas almas legais, Círiaco Antônio Cardoso e Maria Prima Gasparino Pinheiro, doaram para Nossa Senhora da Conceição uma parte de suas terras.
Ali, juntou-se outra galerinha mais legal ainda e construi uma capela dedicada à Nossa Senhora. Vários rolês aconteceram, viu? Depois, Campos Belos , ainda uma alma boa, tornou-se uma vila, Distrito.
E tem mais: Após vários paranauês, o distritinho foi integrado ao Município de Monte Alegre, que na época era conhecido como Chapéu.
Diz a lenda que muita gente sem amor no coração comemorou a independência em relação à cidade de Arraias, fato que se comemora até hoje.
2- Águas rolaram nesta cidade. Diz-se que o seu nome foi sugerido por um Frei dominicano. Chique, né? Ele achou a região tão bonitinha que não resistiu:
– Um lugar tão lindo desse só pode se chamar Campos Belos, pensou o frei.
3- Religiosamente, Campos Belos sempre foi bem representada.
A igreja católica foi a primeira semente plantada em suas terras.
Mas, em 1930, chegou na região o senhor Agripino e, com sua família, o povoado pode conhecer a Igreja Adventista do Sétimo Dia.
3.1- Conta-se, ainda, que na década de 1950 o pastor norte-americano B. H. Foreman construiu, aqui, uma instituição de ensino privada, a Escola Batista.
Minha gente, deve ter sido uma revolução e tanto.
Fato é que dizem que o cara, que hoje é nome de uma das ruas importantes da cidade,”foi enterrado do lado de fora do cemitério, que na época situava-se onde hoje se localiza a Rua do Comércio, por não ser batizado na religião Católica.”
Que babado foi esse, heim?
3.2- Dois padres marcaram a história de Campos Belos: Dom Alano com sua humildade e, Padre Magalhães com sua sabedoria.
Os dois contribuíram “significamente”, não somente com as questões religiosas mas também políticas e educacionais. Um salve aos dois!
4- Padre Moreira, hoje Dom Moreira, também é uma lenda na cidade.
As velhinhas até hoje são apaixonadas pelo seu carisma. Eu, por exemplo, quando criança, achava que ele era Deus vestido de palhaço.
5- Aqui também morou um Anjo. Ele não tinha asas , mas sabia consertar carros e o coração de um bocado de gente.
Foi prefeito, artista e eu também achava que ele era Jesus. Chorava quando o via morrer nas procissões.
Chorei quando o vi morrer em um dos dias mais tristes que já vivi aqui.
6- A cultura da cidade é bem diversificada. Aqui não se tem uma personalidade endeusada como em outras cidades.
Porém, temos poetas, cantores , prosadores conhecidos e desconhecidos. Quem não se lembra dos festivais de música? Um abraço a todos que escreveram essa nossa história…
7- E o futebol? Dos campinhos até ao estádio Xeco muitos gols foram marcados. Verona? Misto? Juventude? Tantos times, tantas alegrias…
8- Os radialistas também foram revolucionários. Quantos desbravadores! Eu não perdia um programa de JL de Queiroz.
A comunicação sempre foi uma luta por aqui, há quem confirme isso, o nosso jornalista mais lido nos dias atuais, o polêmico Dinomar Miranda.
9- A educação da cidade, apesar do descaso, também tem uma narrativa bonita. E continua produzindo bons frutos…
10- A maior festa é a Pecuária. A segunda é o Carnaval de Arraias. Sim, aquela cidade do início da história.