Justiça decreta prisão preventiva de vereador de Flores de Goiás, por peculato e outros crimes
Acatando manifestação do Ministério Público de Goiás, o juiz Pedro Henrique Guarda Dias decretou na segunda-feira (9/7) a prisão preventiva do vereador de Flores de Goiás Walter de Jesus Santos, conhecido como “Márcio”.
No despacho, o magistrado, além de decretar a prisão do vereador, recebeu a denúncia oferecida pelo MP contra Walter de Jesus pelos crimes de abandono de função, falsificação de documentos públicos e peculato.
O juiz embasou a decisão (confira aqui ) pela prisão do parlamentar na necessidade de garantir a ordem pública e a correta instrução processual, bem como de assegurar a aplicação da lei penal.
Conforme relatado pelo promotor na denúncia, a descoberta dos crimes ocorreu durante a instrução do Inquérito Civil Público nº 201600007174, instaurado pela Promotoria de Flores de Goiás para apurar a possível existência de funcionários fantasmas na Câmara Municipal.
Os crimes
A peça acusatória do MP (consulte aqui ) aponta que, antes de ser eleito como vereador, Walter ocupava o cargo de professor na rede municipal.
A acusação de crime de peculato se dá porque, mesmo sem lecionar, Walter continuou recebendo a remuneração pela função de professor e ainda usufruiu de uma licença-prêmio entre os meses de janeiro e março de 2016, benefício a que ele só teria direito se tivesse lecionado por cinco anos consecutivos.
Durante a investigação, a promotoria requisitou à prefeitura de Flores de Goiás as folhas de frequência da Escola Municipal Santa Maria, referentes aos anos de 2009 a 2016.
Esses fatos, sustenta a denúncia, apontam a prática do crime de falsificação de documentos públicos, já que o exame das assinaturas lançadas nas cópias adulteradas pelo denunciado revela que elas pertencem a Walter, bastando uma comparação com outros documentos juntados aos autos.