PM citado por suposta ajuda de coronel em esquema de corrupção se defende
Ele é suspeito de ajudar o então major Carlos Eduardo Belelli a cobrar valores de donos de propriedades rurais para evitar invasões de terra por movimentos sociais.
Elias alegou nunca ter comandado o pelotão de São João d’Aliança (GO), subordinado à sede da 14º Companhia da PM em Alto Paraíso de Goiás, a 250km de Brasília.
Segundo o policial, a autoridade responsável por Alto Paraíso de Goiás também comanda São João d’Aliança.
A denúncia de cobrança de dinheiro a fazendeiros é resultado de investigações do Grupo Especial de Controle Externo da Atividade Policial (GCEAP), do MPGO.
Em texto enviado por e-mail ao Correio, Elias disse que nunca houve cobrança por parte de nenhum policial para garantir segurança de fazendas.
O policial ainda ressaltou que mora de aluguel em um imóvel em São João d’Aliança há 18 anos. Disse que comprou, recentemente, um ágio de uma casa financiada e paga as prestações.
Sobre as ações contra os movimentos sociais, Elias explicou que a Polícia Militar de Goiás agiu “dentro da legalidade”.
Ele também acusa o líder dos movimentos sociais, Hugo Daniel Maciel Zaidan, de ameaçar produtores rurais e extorquir dinheiro deles.
“Infelizmente contra esse, nunca houve nenhuma ação conhecida do Ministério Público do Estado, no sentido de realizar buscas e/ou apreensões em seus acampamentos.
Elias acusou o MPGO de agir com “parcialidade negativa em relação aos agentes públicos”.
“Tudo fez gerar empatia entre mim e os produtores rurais dos quais cultivo sólidas amizades há décadas. Por outro lado, o instigante ódio dos tais movimentos sociais”, disse.
No texto, mais de uma vez, o subtenente insiste que não recebeu dinheiro de nenhum fazendeiro para fazer a defesa da propriedade.
E quando estes, temendo pelas suas vidas e de suas famílias, me convidavam para estar com eles, juntamente com minha esposa e filhos, fui e continuarei indo”, escreveu.
“Atendo a todos indistintamente, seja pobre ou rico. Quem duvidar é só perguntar pelas ruas da cidade de São João d’Aliança.
Nunca também respondi nenhum caso de corrupção ao longo dessas três décadas e quatro anos”, disse.
Elias ainda lamentou que policiais “caminham no fio da navalha” e, “qualquer escorregão, por menor que seja, jogam toda a carreira e história na corporação na lata do lixo”.
Fonte e texto: Correio Braziliense