Assentamento Atalaia. A Tradição e a religiosidade em Monte Alegre de Goiás, com a chegada da Folia de São Sebastião
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Neste domingo (20), Dia de São Sebastião, a comunidade kalunga do assentamento Atalaia, em Monte Alegre de Goiás, está festejando as tradições de São Sebastião, recebendo a folia com muita fé.
É uma das genuínas tradições goianas. As imagens são do radialista Sando Xavier.
O movimento religioso e cultural é composto por músicos e fiéis, que passam pelas casas, levando a bandeira que homenageia o Santo.
De modo simplificado, a folia representa a formação de um grupo composto por cantadores, músicos e foliões, que percorrem casas, propriedades rurais e vilarejos da cidade, sempre de posse da bandeira que homenageia o santo.
Durante as paradas, o grupo entoa cantos e versos religiosos.
A “peregrinação” se estende de 14 a 20 de janeiro, este dia dedicado a São Sebastião.
A Folia de São Sebastião é uma manifestação tradicional que reverência os dogmas Católicos com traços Europeus e Africanos.
É a importação de costumes vindos com os portugueses e misturados com a inserção africana no Novo Continente, o chamado sincretismo religioso.
Na sua representação os espaços de atuação são específicos e distintos.
As regras pré-estabelecidas são respeitadas e respaldadas, fortalecendo o espírito tradicional.
Um pouco sobre São Sebastião:
Sebastião foi um dos soldados romanos mártires e santos, cujo culto nasceu no século IV e que atingiu o seu auge na Baixa Idade Média, designadamente nos séculos XIV e XV, tanto na Igreja Católica como na Igreja Ortodoxa.
Sebastião era um soldado que teria se alistado no exército romano por volta de 283 d.C. com a única intenção de afirmar o coração dos cristãos, enfraquecido diante das torturas.
Por volta de 286, a sua conduta branda para com os prisioneiros cristãos levou o imperador a julgá-lo sumariamente como traidor, tendo ordenado a sua execução por meio de flechas (que se tornaram símbolo constante na sua iconografia).
Foi dado como morto e atirado no rio, porém, Sebastião não havia falecido.
Encontrado e socorrido por Irene (Santa Irene), apresentou-se novamente diante de Diocleciano, que ordenou então que ele fosse espancado até a morte.
Seu corpo foi jogado no esgoto público de Roma.





