Cadê nossa humanidade?


Por Lívia Geralda Queiroz,

Diante dos recentes massacres em Suzano – SP e na Nova Zelândia, me pergunto: Que mundo é esse? Que tipo de ser humano estamos nos tornando?

O que adianta termos tanta evolução científica e tecnológica, se estamos deixando de lado nossa humanidade? Como bem disse Martin Luther King: Aprendemos a voar como pássaros e a nadar como peixes, mas não aprendemos a conviver como irmãos.

O que nos resta fazer? Precisamos rever nossos pensamentos e atitudes. Precisamos olhar para dentro de nós mesmos e nos perguntar: 


O que estamos deixando por onde passamos? Estamos espalhando a paz ou o ódio? Somos indiferentes ao que acontece, desde que não nos prejudique? Será que, não percebemos que o outro é uma extensão nossa? Até quando seguiremos esse caminho de egocentrismo?

Precisamos urgentemente resgatar nossa humanidade. Precisamos reviver certos valores e atitudes que parecem pequenos e insignificantes, mas, na verdade, são a base da convivência social e da “reafirmação” da nossa humanidade.

Deixo como inspiração e reflexão, o poema Gentileza de Bráulio Bessa: 

Gentileza não é obrigação,

não é regra, não é ordem, não é lei.

Gentileza é essência, disso eu sei. 

É semente que se planta em qualquer chão

e do nada nasce um pé de gratidão

irrigado pelas águas da igualdade

bate um vento e voam folhas de bondade,

num instante se espalha em todo canto.

Gentileza não é cara e vale tanto,

ser gentil é ser rico de verdade

É ser rico de alegria e bom humor,

é falar “com licença”, “obrigado”

é dizer um “bom dia” até calado,

num olhar ou num gesto de amor. 

É pedir sem esquecer um “por favor”,

é ser justo, bondoso, solidário,

é ser forte, é ser revolucionário

construindo um mundo diferente. 

Gentileza é um pedaço de Deus dentro da gente

ajudando a mudar esse cenário.

Já dizia o poeta em seu letreiro:

gentileza só gera gentileza. 

O meu verso também tem a firmeza

do amor mais puro e verdadeiro,

não carece de ouro nem dinheiro

pra ser bom com quem tá necessitando. 

Não importa se alguém tá observando,

seja homem, menino ou mulher,

cada um é o que é, e você é

os seus gestos sem ninguém tá lhe olhando.


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