Queimadas aumentam em Goiás em julho e colocam regiões sob alerta; Campos Belos é o campeão de focos

O número de focos de queimadas voltou a crescer em diversas regiões de Goiás na segunda semana de julho de 2025, conforme aponta o boletim nº 011 do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (CIMEHGO), vinculado à Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).
Os dados mostram que as regiões Norte, Sudoeste e Sul do Estado registraram aumento de 83%, 57% e 200%, respectivamente, em comparação com o mesmo período de 2024.
O levantamento utiliza informações de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e mostra um cenário preocupante, principalmente diante da estiagem severa e prolongada que afeta o Estado. Em contrapartida, as regiões Leste e Central apresentaram redução nos focos: 20% e 41%, respectivamente.
Entre os municípios com maior número de focos de queimadas entre 7 e 14 de julho de 2025, destaque para Campos Belos (8), Itarumã (6), Jussara (5) e Mineiros (5). Mineiros, inclusive, lidera o ranking histórico com o maior número de focos acumulados entre 2020 e 2025: 140 ocorrências. Outras cidades com destaque negativo nos dados históricos incluem Cristalina (78 focos), Cavalcante (73), Niquelândia (84) e Monte Alegre de Goiás (60).
O boletim ainda destaca o risco elevado de queimadas em diversas unidades de conservação no período de 14 a 20 de julho. Entre elas estão:
- Parque Estadual da Serra Dourada
- Parque Estadual dos Pireneus
- Parque Estadual de Altamiro de Moura Pacheco
- Floresta Estadual do Araguaia
- Parque Estadual da Serra de Caldas Novas
- APA João Leite
- APA Serra Geral de Goiás
O documento reforça que, nesta época do ano, a maioria dos focos de incêndio são provocados pela ação humana, o que exige maior conscientização da população. “É necessário ampliar a consciência ambiental para evitar queimadas, que causam danos sérios ao meio ambiente, à saúde da população e à segurança de áreas protegidas”, alerta a equipe técnica do CIMEHGO.
Desde maio, o CIMEHGO passou a monitorar os dias consecutivos sem chuva por região, com o objetivo de fornecer dados mais precisos para ações preventivas, apoio à agricultura e proteção dos recursos hídricos.
O órgão alerta que a previsão para os próximos dias não indica mudanças significativas nas condições climáticas. Com o solo seco, baixa umidade relativa do ar e ausência de chuvas, o risco de incêndios permanece elevado em praticamente todo o estado de Goiás.